Quase 30 furtos de bicicletas cometidos em um mês causam revolta em Igrejinha

Bicicleta furtada de advogado estava avaliada em R$ 3.500,00 (Foto: Divulgação)

Igrejinha – Uma série de ações cometidas por criminosos deixou a comunidade receosa em Igrejinha em um período de cerca de um mês. Entre os meses de março e abril, foram registrados quase 30 furtos de bicicletas na cidade. E estes furtos foram de bicicletas de valores agregados, que variam de 2 a 10 e 15 mil reais.
O que chamou a atenção das vítimas, que passaram a saber das ações durante as tentativas de localizar as bicicletas em publicações ou até mesmo em rodas de conversas na cidade, foi de que as ações eram semelhantes. Praticamente todos os crimes foram cometidos em edifícios de diferentes bairros. O horário escolhido era quase sempre na madrugada e no amanhecer no dia, antes das vítimas acordarem para trabalhar. Para conseguir retirar as bicicletas dos prédios, em andares superiores, os criminosos chegaram a fazer escaladas, como afirma o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari. Alguns cadeados também eram rompidos – no caso daquelas que estavam com o dispositivo de segurança – e outros danos chegaram a ser cometidos nessa retirada nos prédios, como em ar-condicionado. No último mês, no entanto, após os cerca de 25 casos, não foram mais registrados furtos. Há algumas semanas, zerou o registrado de vítimas por furto de bicicleta.

SITUAÇÃO PREOCUPOU

Adepto à prática do ciclismo, o vereador Dirceu Linden Júnior fez um movimento na cidade para orientar e mobilizar as vítimas dos furtos. “Aumentou demais e todos os casos com padrão parecido. Orientamos todas as pessoas a fazer boletim de ocorrência, pois muitas não tinham feito, também orientamos cada uma a tentar conseguir imagens de câmeras de segurança e informações que pudessem auxiliar a polícia. Não temos medo de pedalar na rua, a preocupação está mais em casa”.

“Escalaram meu prédio ao amanhecer”, conta vítima

O advogado Alberto Petry foi uma das vítimas dos ladrões de bicicletas no bairro Bom Pastor. “Moro em uma casa/apartamento, no segundo piso, e os indivíduos escalaram até esse segundo piso, romperam o cadeado, desceram a sacada. Escalaram meu prédio, descendo pelo ar-condicionado, fachada e depois pularam”. Uma testemunha que passava pelo local, por volta das 5h40, percebeu a ação e gritou, espantando a dupla de ladrões. “Eles fugiram com a bicicleta, cujo valor estimado era de R$ 3.500,00. São criminosos habituados a escalar prédios”. Além do valor da bicicleta, a vítima precisou gastar com conserto do ar-condicionado danificado na fuga. “Acreditamos, em um média total dos furtos, que o prejuízo total pode chegar a R$ 100 mil para a comunidade”, disse ele, que perdeu a esperança de reaver a bike, mas espera por justiça.

“UMA AVALANCHE DE CASOS”

O delegado Caliari diz que a equipe está investigando os casos ocorridos neste período na cidade. “Realmente, foi uma avalanche de casos. Foram cerca de 25 ocorrências em um período de um mês, mais ou menos. Causou preocupação e estamos trabalhando nisso”, informou ele. Caliari reitera que nas últimas semanas, no entanto, zerou os casos. “Essa onda parou. Os crimes foram cometidos de uma forma padrão, inclusive com escalada em prédio, bicicletas de valores elevados; nós estamos trabalhando”.