Taquara – Meses de extorsão e ameaças de morte culminaram em uma investigação que já prendeu três acusados pelo crime contra um empresário de Taquara.
Conforme informações do delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pelo inquérito, a vítima é um empresário da cidade e foi extorquida em mais de R$ 500 mil. Ao amanhecer de segunda-feira (21), dezenas de policiais civis deflagraram a Operação Bola de Neve, em resposta ao crime de extorsão.
Além da equipe da delegacia de Taquara, também prestaram apoio na ação policiais civis de Parobé, Igrejinha, Rolante e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil. Três acusados do crime foram presos preventivamente e os agentes ainda cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Parobé, Taquara e Igrejinha. Após as prisões, os acusados foram conduzidos ao posto de saúde local para exames de lesão e, em seguida, para a Delegacia de Polícia. Por fim, após o registro das prisões e apreensões, eles foram conduzidos ao sistema prisional.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram localizados armas e veículos. “Apreendemos uma pistola .380, uma carabina .40 e cinco veículos, além de munições”, conta o delegado Valeriano. As prisões ocorreram sem confrontos e nenhum policial se feriu.
CASAS DE ALTO PADRÃO
A extorsão com valor superior a meio milhão é também reflexo do padrão de vida dos acusados presos. O delegado Valeriano revela que as moradias onde ocorreram os cumprimentos de prisões preventivas eram de alto padrão. “Casas boas e finamente mobiliadas”, disse ele. Como a Operação Bola Neve ainda terá novos desdobramentos, o delegado não entrou em detalhes sobre o modus operandi da quadrilha, mas antecipa que haverão mais prisões relacionadas ao crime de extorsão. “Neste momento, não posso fornecer mais informações para não atrapalhar nossa investigação, mas teremos novas ações e mais resultados neste combate à extorsão”.
“NÃO PAGAR PELAS EXTORSÕES”
O delegado Valeriano orienta que vítimas jamais devem pagar as exigências em extorsões. Quanto mais paga, mais é cobrado, além de estar financiando o crime. Por mais que haja ameaças, a indicação é de que essa prática seja denunciada para a polícia. “As vítimas sempre devem procurar a polícia, nunca devem se submeter a extorsões. Nós investigamos, identificamos e prendemos os acusados. Agora, por exemplo, foi só a primeira fase da operação, em breve, haverá novos desdobramentos”, disse ele. Denúncias podem ser feitas à polícia, inclusive de forma anônima. Contato pelo (51) 98443-3481, telefone com WhatsApp.