Polícia Civil quase zera mortes envolvendo facção em Rolante

Rolante – Há um ano e meio, a delegada Fernanda Aranha está respondendo, de forma substituta, a Delegacia de Polícia de Rolante. Dividindo função como delegada titular de São Francisco de Paula, ela tem atuado de forma repressiva e colhido bons frutos no município. Entre todo o trabalho realizado por ela e pelos agentes, a delegada destaca as ações para elucidar e reduzir os crimes contra a vida, diga-se as execuções, envolvendo principalmente facção criminosa. A delegacia também tem priorizado o atendimento, elucidação e atenção a todos os crimes envolvendo violência e grave ameaça, inclusive, ocorrências contra a mulher, cujo índice tem crescido em praticamente todos os municípios do estado, e que se enquadram na Lei Maria da Penha. Os casos são registrados e dado atenção e agilidade nos processos. No trabalho para reduzir os índices de criminalidade envolvendo facção criminosa, que estão diretamente ligados ao tráfico de drogas, a equipe chegou a cumprir mandados de prisão preventiva dentro de presídios do Rio Grande do Sul.

 

Entrevista com Fernanda Aranha, delegada da Polícia Civil de Rolante

Jornal Repercussão: Qual tem sido o principal foco de atuação na DP de Rolante?

Delegada Fernanda: Temos como foco principal em Rolante a elucidação de crimes praticados com violência e grave ameaça às pessoas, os quais são tratados como prioridade, assim como crimes envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher que merecem atuação imediata da Polícia Civil.

JR: Quais foram os principais resultados neste período na cidade?

DF: Conseguimos diminuir, praticamente zerar, os crimes de homicídio (execução) envolvendo facção criminosa. E isso ocorreu mediante ações policiais eficazes com a identificação e a prisão de envolvidos que se instalaram no município para a prática de tráfico de drogas. Identificamos e cumprimos mandados de prisão preventiva, inclusive no interior de presídios, em desfavor de indivíduos que, mesmo recolhidos, ordenavam mortes em Rolante e lideravam a traficância no município.

JR: Há quanto tempo atua como policial civil?

DF: Estou na Polícia Civil desde o ano de 2013, tendo como primeira lotação a cidade de Jaguari. Respondo como titular na Delegacia de São Francisco de Paula há 6 anos e, mesmo estando agora na DP de Rolante, já respondi pelo município nos anos de 2014 e 2015.

JR: Você sempre desejou ingressar na polícia?

DF: Sempre gostei de Direito Penal e fiz alguns concursos públicos. Atuei como assessora da PGE por um ano, depois como assessora do Ministério Público por quatro anos, atuando na área criminal, e, finalmente, assumi como delegada de polícia. Não imaginava ser policial, mas, hoje, não me imagino tendo outra profissão. Nossa atividade é muito dinâmica. Temos muitos desafios no nosso dia a dia, mas a função é gratificante após um caso resolvido. Temos hora para começar, mas não sabemos a hora que voltamos para casa.

JR: Qual o diferencial seu e da sua equipe de trabalho?

DF: A equipe da Delegacia de Polícia é extremamente comprometida e responsável, o que determina a elucidação e o combate aos crimes ocorridos na cidade.