Polícia Civil desarticula quadrilha que planejava roubar armas de fogo apreendidas pelo Poder Público

Por Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais – Deic, deflagrou a Operação Dulcis, em virtude das investigações criminais relacionadas a existência de organização criminosa e lavagem de capitais, cujo líder, em tese, é um homem, de 33 anos. Seis pessoas foram detidas para averiguação de situação de flagrante.

Mandados de busca e de apreensão foram cumpridos no Estado do Rio Grande do Sul, nas cidades de São Leopoldo, Canoas, Torres e Taquara, bem como, no Estado de São Paulo, nas cidades de Itaquaquecetuba, Santo André, Praia Grande, Araçariguama e Ribeirão Preto, no Estado de Santa Catarina, na cidade de Canoinhas e no Estado do Paraná, na cidade de São Mateus do Sul.

Segundo o delegado João Paulo de Abreu, há tempos, por meio do Serviço de Investigações e por meio do Serviço de Inteligência e Análise de Interceptações de Sinais, está situada a autuação do considerado líder da organização criminosa, sendo ele uma pessoa, segundo conhecimento já produzido, intensamente ligada a crimes patrimoniais violentos, praticados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, como roubo a banco, transporte de valores, sequestros, roubo a empresas de logística, dentro outros.

Ao longo das atuais investigações, relacionadas a repressão de crimes de roubos a estabelecimentos bancários, dados foram coletados no sentido de que, ao menos, três conhecidos indivíduos planejavam roubar armas de fogo, que estariam apreendidas pelo Poder Público, esperando por perícias, junto ao IGP/RS.

Em data mais recente, através de meios de produção de provas, ratificaram-se esse informes, visto que foi possível confirmar que o próprio líder do grupo, ora objeto de investigações, estava já reunindo informações para a prática criminosa. A pretensão era de roubar pistolas e fuzis que eram custodiadas pelo Instituto Geral de Perícias, aguardando a realização de exames ou já custodiadas como prova.

Movimentação expressiva de valores

A investigação criminal também apura a prática de crimes de lavagem de dinheiro, tendo como infrações penais antecedentes, crimes patrimoniais diversos, crimes do estatuto do desarmamento e também, pelo que se pode perceber, o tráfico de drogas.

É justamente nesse viés que outras pessoas se vinculam à organização criminosa, servindo de laranjas para a ocultação e dissimulação de ativos oriundos das infrações penais antecedentes.

Determinadas pessoas físicas no Rio Grande do Sul efetuavam depósitos fracionados, em contas de pessoas jurídicas, no Estado de São Paulo e no Estado do Paraná. Ao todo são 15 pessoas físicas e jurídicas investigadas que tem relação com o Estado de São Paulo e Paraná e o Estado de Santa Catarina.

Conforme o delegado Márcio Niederauer, responsável pelo Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro, do GIE/PCRS, preliminarmente, foi identificada a movimentação de aproximadamente R$ 44.289.349,17 (quarenta e quatro milhões, duzentos e oitenta e nove mil trezentos e quarenta e nove reais e dezessete centavos), por meio da análise das contas bancárias investigadas.

 

Da execução da operação

Outras unidades da Polícia Civil participam da Operação. A Força-Tarefa de Desmanches, da SSP/RS, também colabora, no contexto das buscas realizadas em dois Centros de Desmanches de Veículos, na cidade de Taquara/RS.

Também fazem parte da ação a Draco de São Leopoldo, que já investigou o alvo por crimes de comércio irregular de arma de fogo. Hoje, por meio de cães farejadores, auxiliam nas buscas em um sítio, na cidade de Taquara/RS.

Ainda, nesse mesmo local, a CORE – Coordenadoria de Recursos Especiais presta o apoio, por meio da Divisão de Operações Aéreas. Buscas também estão sendo cumpridas, pela CORE, no Estado de Santa Catarina, na cidade de Tubarão.