Polícia Civil desarticula esquema de tele-entrega de drogas; presidiário seria o gerenciador

Foto: Polícia Civil

Igrejinha – A Polícia Civil desarticulou nesta semana um esquema que distribuía droga através de tele-entrega. O tráfico seria comandando por uma facção criminosa com sede no Vale dos Sinos e o gerenciador do esquema é um presidiário, natural de Novo Hamburgo.

Segundo o delegado de Igrejinha, Ivanir Moschen Caliari, que comandou as investigações, os usuários faziam os pedidos, na maioria em pequenas quantidades de maconha, cocaína ou crack, e as entregas eram feitas através de motociclistas. Conforme o delegado, o esquema era gerenciado pelo presidiário e contava com o apoio de um morador de Taquara.

Na terça-feira (8), com mandados de busca e apreensão autorizados pelo Poder Judiciário, os policiais civis, coordenados pelo delegado Caliari, foram em dois endereços de Taquara (bairro Santa Rosa) e Novo Hamburgo (Canudos).

Na casa da companheira do homem que está preso e gerenciava o esquema, a mulher, de 24 anos, foi flagrada com uma pistola 9 milímetros, com numeração raspada e munições. Na casa do outro investigado, de 23 anos, em Taquara, foram apreendidas duas porções de maconha, além de dois aparelhos celulares. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA 

Conforme apurado pela investigação, o esquema funcionava da seguinte forma: toda gerência era feita pelo presidiário, natural de Novo Hamburgo, cuja mulher foi presa em flagrante com uma pistola 9milímetros. O morador de Taquara seria quem levava as drogas para os motoboys fazerem a entrega aos usuários. “As investigações tiveram início após verificação de que uma parcela do tráfico de drogas praticado no município estava ocorrendo através de ‘tele-entregas’ por motoqueiros”, relatou o delegado Caliari.

“Para o usuário final”, diz caliari

Pela forma como parte do tráfico de drogas estava ocorrendo no município, dificilmente a polícia, seja Civil ou Brigada Militar, conseguiram um flagrante com quantidades expressivas. As entregas ocorriam em pequenas porções, porém, por inúmeras vezes ao mesmo usuário. “A droga tinha como destino o usuário final, e não era grandes quantidades, mas por muitas vezes ao mesmo usuário. Sempre se adquiria quantidade para uso”, detalha o delegado, citando que o gerenciar deste esquema segue recolhido no presídio de Novo Hamburgo. “A quantidade era demandada pelo usuário, se uma bucha ou 10, diversas buchas, eles encaminhavam através de tele-entrega. Vendiam maconha, cocaína e crack”, completa Caliari, citando, ainda, que denúncias de tráfico de drogas podem ser feitas na Delegacia de Polícia de Igrejinha, e que podem ajudar no combate ao tráfico.

Trabalho contínuo

Uma das principais frentes de trabalho da Polícia Civil de Igrejinha é o combate ao tráfico de drogas, sendo que este é um crime que muitas vezes também está ligado a outras ações criminosas, como execuções por desacertos entre membros da mesma ou de facção rival. A maioria dos crimes contra a vida na região ainda estão ligados ao tráfico.

Recentemente, em meados de agosto, a polícia prendeu um traficante em flagrante no bairro Figueira.
Ele já havia sido preso pelo mesmo crime no ano de 2020, o que comprova o trabalho contínuo para combater o tráfico em Igrejinha.