Parobé é alvo de operação contra tráfico e caça ilegal de animais silvestres, maus-tratos e associação criminosa

Foto: Polícia Civil/Divulgação

Parobé/Região – Coordenados pela Delegada de Polícia Tatiana Barreira Bastos, com apoio Grupamento Aéreo da Polícia Civil e Batalhão Ambiental da Brigada Militar, após 6 meses de investigações policiais, policiais civis executam a maior edição da Operação Arca.

As investigações foram iniciadas a partir de denúncias recebidas pela ONG REPRASS, que noticiavam crimes contra animais e tráfico de armas.

A Operação Arca especial mobiliza 235 policiais civis e militares, além de agentes do IBAMA, para dar cumprimento a 44 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporárias, visando desarticular organização criminosa e acabar com esquemas de tráfico de animais e armas, além de reprimir a caça ilegal.

A ação é realizada em 14 municípios do estado do Rio Grande do Sul, sendo eles: Parobé, Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Viamão, Minas do Leão, Barra do Ribeiro, Canoas, Sapucaia do Sul, Portão, São Sebastião do Caí e Alvorada.

A organização criminosa investigada é suspeita de comercializar diariamente, em grupos fechados e redes sociais, aves silvestres que chegavam a R$ 2.500,00 por espécime, além de outros animais silvestres como: macaco prego e macaco sagui, coruja suindara, jiboia albina, tartarugas, ouriço pigmeu africano, jabuti e iguanas.

A quadrilha comercializava, ainda, armas longas ilícitas destinadas à caça predatória dos referidos animais.

Até o momento foram 14 presos e 200 animais (pássaros, tartarugas e roedores), 300 gaiolas, três armas de fogo R$10 mil, celulares e drogas apreendidos.

Segundo a Delegada Tatiana, “a operação representou a maior ofensiva ao tráfico e caça ilegal de animais silvestres da Região Metropolitana e Vale dos Sinos de todos os tempos, fruto de meses de investigação e monitoramento das atividades criminosas dos líderes da organização criminosa responsável também pela comercialização de armas de fogo utilizadas para a caça ilegal”, explica.

O Diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – 2ªDPRM, Delegado Mario Souza, ressalta que “a Operação ARCA é fundamental para inibir a ação de quem comete crimes contra animais e seus resultados incentivam a população a denunciar cada vez mais este tipo de crime.”  Destacando ainda que a ação é uma operação especial, “porque usa a logística de outras ações da polícia civil e a inteligência e permanente porque é ativa ininterruptamente”, esclarece.

O Ten Cel Vladimir Rosa afirma que “a operação arca demonstra mais uma vez quão importante é a integração entre os órgãos da segurança pública, em especial BM e PC. As novas dinâmicas sociais fazem com que as instituições voltem-se ao enfrentamento dos novos tipos criminais, crimes estes que envolvem grandes somas e meio para as organizações criminosas usarem para tráfico de drogas, armas e outros delitos.” E Rosa finaliza que “a questão ambiental é mais do que bicho, mato e água”. Os presos serão ouvidos e encaminhados ao sistema prisional.