Paranhana registra número alarmante de casos de violência contra a mulher

Por Lilian Moraes – Região

 

Os números apresentados na tabela abaixo são apenas indicadores de um crime que é cada vez mais frequente na região: a violência contra a mulher. Mesmo existindo uma lei que defende as mulhe- res neste tipo de situação, os números demonstram uma realidade assustadora da região do Vale do Paranhana. A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, através do Departamento de Integração, Planejamento e Política de Segurança, divide os casos de violência em três tipos: ameaça, lesão corporal e estupro. Em 2018, nos seis municípios de abrangência do Jornal Repercussão Paranhana, foram registrados 1.033 casos no total.

 

O maior número de denúncias foi em Parobé, totalizando 321, seguido por Taquara, com 301 casos. Igrejinha vem logo depois com um total de 208, Rolante com 80 e Riozinho com 15. Neste ano, já foram 277 registros nas seis cidades até março. No momento Taquara é o município com mais denúncias: 94. 64 por ameaça, 29 por lesão corporal e um de estupro.

 

 

COMO DENUNCIAR OS CASOS?

Todos os casos de violência devem ser registrados para que os órgãos responsáveis tenham consciência deles e, sobretudo, possam proteger as vítimas. As denúncias podem ser realizadas através do número 180, Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, que desde 2005 atende e mantém os casos em anonimato. Em Igrejinha, segundo Mateus Pelizzaro, Tenente da Brigada Militar, a falta de policiamento é um dos fatores que impossibilitam uma patrulha mais presente nestes tipos de caso.

Ações são avaliadas pela Brigada Militar

Em contato com o capitão Juliano Arali, responsável pela Brigada Militar de Taquara, o Jornal Repercussão Paranhana questionou o oficial sobre a importância de um patrulhamento mais severo neste tipo de caso, já que o município é um dos que mais registra casos de violência.  Na ocasião, Arali respondeu que embora não exista um patrulhamento específico para este tipo de caso, o atendimento às denúncias são realizados de forma efetiva sempre que solicitado.

O tenente Mateus Pelizzaro, de Igrejinha, conta que para auxiliar na proteção das vítimas, ao tomar conhecimento da violência ou possível violência, a BM da cidade encaminha a parte para a delegacia para tomar as devidas providências. “É feito o registro e pedido de medida protetiva, depois disso informamos todos os canais disponíveis, ou seja,190, telefone convencional e whatsapp, para ajudar na sua segurança e de seus entes”, relata. “Sempre orientamos para que na menor desconfiança de nova violência denunciem novamente, fazendo valer a medida protetiva”, completa Pelizzaro.