Para delegado, trio premeditou matar casal de agricultores em Igrejinha

Imagens de câmera de segurança flagraram parte das agressões à vítima Foto: Reprodução

Por Melissa Costa

Igrejinha – O delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari irá indiciar os três acusados de espancar um rapaz de 25 anos quase até a morte por tentativa de homicídio. Os homens de 36, 30 e 26 anos são acusados de agredir um casal de agricultores na noite do sábado, dia 17, enquanto as vítimas, ambas de 25 anos, tentavam comprar lanches no Centro da cidade.

Conforme investigado pela Polícia Civil, a briga que quase terminou com a morte de uma das vítimas ocorreu em duas situações. Segundo depoimentos, o casal estava atravessando a rua pela faixa de segurança quando dois homens (de 36 a 30 anos) em um veículo BMW desferiram ofensas ao rapaz, que não gostou e respondeu. Neste momento, houve troca de socos entre os três, não envolvendo a esposa da vítima.

Os dois homens teriam, então, saído do local da briga a bordo do veículo e retornado logo após com mais um homem, de 26 anos, munidos com um objeto cortante (facão ou faca), ocasião em que atacaram e agrediram o casal em frente à lancheria.

Vítima sofreu lesão grave na cabeça e precisou de cirurgia para sobreviver

Em seguida à fuga dos agressores, a vítima foi socorrida e encaminhada ao hospital de Igrejinha. Em razão da gravidade das lesões, o rapaz foi transferido ao Hospital de Pronto Socorro, de Canoas, onde precisou passar por cirurgia para retirada de resíduo de osso do crânio, assim como drenagem de sangue no cérebro. Após a cirurgia de urgência, a vítima se recupera bem. A esposa sofreu lesões leves.

Prisão de acusado é negada

Segundo apurado pela investigação, acusados e vítimas não se conheciam. O trio alegou que o casal atravessou fora da faixa de segurança e, por isso, iniciou as acusações. No entanto, segundo o delegado, depoimentos de testemunhas não confirmaram essa versão. O casal teria, sim, atravessado corretamente. Após a identificação dos três, Caliari solicitou à justiça a prisão preventiva do principal causador das lesões graves, no entanto, o pedido foi indeferido. “Não temos dúvida de que esse crime se trata de uma tentativa de homicídio. A vítima sobreviveu por muito pouco. Várias lesões no rapaz também foram de quem tentou se defender”, disse o delegado, chamando a atenção para a periculosidade do principal agressor. “No nosso entender, a prisão era necessária. As agressões foram desproporcionais ao fato e o objetivo era mais do que ferir”, completa.