Padrasto é condenado a 21 anos de prisão pelo assassinato do enteado em Rolante

Promotora atuou na acusação do réu (Foto: Ministério Público)

Rolante/Taquara – Acolhendo integralmente a tese do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Taquara, o Tribunal do Júri condenou Roni Djeison Puchoski pelo assassinato do seu enteado Alã da Silva Machado, em 16 de abril de 2022.

O júri ocorreu na sexta-feira (10), e antes de começar o julgamento, familiares e amigos de Alã fizeram uma manifestação clamando por justiça.

O réu foi sentenciado a 21 anos de prisão em regime inicial fechado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido).

Conforme a promotora de Justiça, Cristina Schmitt Rosa, que atuou em plenário, na noite do crime, por volta de 22h30, Roni parou o veículo que conduzia em frente à residência onde a vítima estava jantando com amigos e familiares, no bairro Santo Antônio, em Rolante, e começou a discutir porque um carro estaria obstruindo sua passagem na via. Na sequência, chamou o enteado para que se aproximasse do veículo. Quando ele estava indo na sua direção, o réu sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra a vítima. O auto de necropsia apontou que Alã morreu de hemorragia interna consequente aos ferimentos em órgãos e estruturas vitais.

“O crime foi cometido por motivo fútil, eis que o denunciado decidiu matar a vítima em razão de discussão banal sobre veículo que estaria obstruindo a sua passagem pela via de acesso a sua residência. O crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, uma vez que o denunciado chamou a vítima para que se aproximasse do carro quando, de inopino, surpreendeu-a com disparos de arma de fogo, minimizando a possibilidade de que fosse oferecida resistência”, descreveu a promotora na denúncia.