Novo comandante da BM de Parobé fala sobre projeções e combate à criminalidade

Antes de assumir em Parobé, Petrus também foi capitão em Cachoeirinha Foto: Lilian Moraes

O ano de 2024 começou sob novo comando na 2ª Companhia da Brigada Militar, localizada em Parobé.
Rodolfo Petrus Botassini chega na cidade do Vale do Paranhana com uma experiência de oito anos na Polícia Militar do Paraná, onde atuava na cidade de Maringá. No Rio Grande do Sul, antes de assumir o quartel parobeense, também foi Capitão em Cachoeirinha.

Ainda que esteja há pouco tempo na cidade, o comandante já conseguiu conhecer a realidade do município com relação à segurança pública. Questionado sobre sua prioridade no combate aos crimes, Petrus é enfático. “Nós vamos tentar coibir todos os tipos de crimes, mas pelo impacto que tem na sociedade, posso definir que os crimes contra a vida e patrimônio vão ser o foco do trabalho da BM sob o meu comando”, destaca.

Ciente da necessidade de estabelecer boas relações com a comunidade e entidades parceiras da Brigada Militar, o capitão cita que também visitou a Câmara de Vereadores, o prefeito Diego Picucha (PDT), a promotora de justiça, Sabrina Botelho, o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (CONSEPRO), e entre outros. “Queremos ter essa proximidade também com os comerciantes. Nós vamos buscar visitar. Tentar conhecer esse público e estar ainda mais próximos da comunidade”, afirma.

Prende e solta

Frequentemente, notícias de “prende e solta” de criminosos na região são veiculadas. Questionado sobre essa prática, Petrus faz uma análise. “É difícil para a polícia e qualquer órgão da segurança pública, combater o crime com uma lei que possa ser considerada frágil. Que não segura o indivíduo atrás das grades. O próprio criminoso sabe que se ele for preso, logo vai estar na rua, então isso motiva a conduta criminosa dele. Não é por isso que vamos deixar de cumprir o nosso papel, mas é um fator que incomoda muito”, cita o comandante.

Mais assuntos desmembrados pelo Comandante:

Assuntos como monitoramento, efetivo, redução nos índices de criminalidade, patrulha escolar e Maria da Penha também foram abordados pelo Capitão Petrus em entrevista exclusiva ao Grupo Repercussão na quinta-feira (18). Confira mais detalhes da conversa:

Grupo Repercussão: Como o senhor avalia a importância das câmeras de monitoramento no trabalho da polícia?

Rodolfo Petrus: “As câmeras auxiliam muito no combate a criminalidade, até porque, existem câmeras que acionam a polícia no momento em que um veículo passa com um alerta de furto ou roubo. No momento que estes automóveis ultrapassam determinada rua que tem o sistema de monitoramento, a nossa central recebe o alerta com as características do crime. Com isso nós já colocamos na rede para todas as cidades ficarem em alerta para tentar a apreensão desse veículo. As câmeras auxiliam muito na comprovação de crimes, em inquéritos policiais. O município vai ceder o acesso de mais câmeras para nós, então isso fortalece o trabalho da polícia e auxilia a forma de monitorar o território”.

GR: No que diz respeito ao efetivo. O senhor vai buscar aumentar o número de policiais aqui em Parobé?
RP:
“O efetivo é baseado no chamamento de concursos públicos por parte do Estado. Nós estamos em constante contato com o comando regional e com o batalhão pedindo mais efetivo. É certo que quanto mais policiais tivermos à disposição, melhor para a comunidade. Entretanto, posso afirmar que independente da carência que existe, com a equipe e viatura que temos, conseguimos fazer um bom trabalho”.

GR: Como está a questão das patrulhas Maria da Penha e escolar aqui em Parobé?
RP:
“Em um futuro nós pensamos em ter a Patrulha Maria da Penha. Hoje não temos, mas cabe salientar que em caso de a BM ser acionada para casos de violência doméstica, a viatura do 190 vai atender. Quem precisar pode acionar a qualquer momento. Também queremos a escolar. Sempre interessante ter um veículo para passar nos colégios e verificar se existe algum problema. Embora tenhamos aqui o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) conduzido pela soldado Carla, que faz um excepcional trabalho com as crianças e isso auxilia muito no processo de formação do caráter e da personalidade delas, queremos ter esse olhar mais específico da patrulha também”.

GR: O Rio Grande do Sul encerrou 2023 com o menor número de crimes contra a vida da série histórica, iniciada em 2010. Em Parobé, o índice também diminuiu em comparação a 2022 (quando registrou 7 casos). Como o senhor analisa esse dado?

RP: “O trabalho que a Brigada Militar vem fazendo conforme os anos vem passando é um trabalho de prevenção contra o crime. A BM é uma polícia ostensiva e que busca a preservação da ordem pública. Então as operações, esse trabalho conjunto com a Polícia Civil, ele vem mostrando frutos. E os índices podem comprovar que esse serviço está sendo cumprido com êxito”.