Taquara – No útimo dia 10, completou um mês do acidente de trânsito envolvendo um ônibus e um carro que deixou diversas pessoas feridas na RS-020, em Taquara. O acusado de ter provocado a grave colisão segue recolhido no sistema prisional, enquanto a Polícia Civil conclui o inquérito.
Informações apuradas preliminarmente e que foram fundamentais para a prisão em flagrante do acusado, que é morador de Parobé, são de que ele tentou matar a companheira que também estava no seu veículo, um Elantra. Os dois estariam discutindo quando ele jogou o carro para o outro lado da rodovia e atingiu um coletivo da Citral que seguia no sentido contrário, Taquara/Gravataí. O objetivo do motorista, conforme depoimento da própria mulher, seria de matar os dois. Logo após a colisão, o motorista foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio.
O delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pela investigação, conta que inicialmente o prazo para concluir o inquérito era de 30 dias, no entanto, como há muitas pessoas envolvidas e depoimento para serem colhidos, vai ser necessário um tempo maior para a finalização de todo o procedimento policial.
Mais de 30 crimes
A colisão, que teria sido provocada pelo morador de Parobé, resultou em mais de 10 feridos. No ônibus, haviam 31 passageiros. Alguns sofreram apenas escoriações. Dos feridos, pelo menos cinco vítimas foram socorridas com lesões graves e precisaram de tempo maior de internação. As sequelas ainda estão sendo analisadas. Em razão da quantidade de passageiros, a Polícia Civil poderá indiciar o motorista por 31 tentativas de homicídio, além da tentativa de feminicídio contra a mulher que estava na carona. Todos os envolvidos estão sendo ouvidos.
PERÍCIAS E EQUIPES MOBILIZADAS
Além dos depoimentos, a Polícia Civil também contará com materiais de perícias para concluir a investigação. As vítimas da colisão foram atendidas por socorristas de toda a região, dezenas de bombeiros voluntários, militares e socorristas. O trabalho ágil das equipes fez toda a diferença. Atuaram bombeiros voluntários de Rolante e Igrejinha, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Taquara e Gravataí e Comando Rodoviário da Brigada Militar. As vítimas foram socorridas para hospitais de Taquara, Igrejinha, Parobé, Rolante, Porto Alegre, Sapiranga e Gravataí.
Um dos socorridas, na época, citou que a gravidade do caso só não foi maior porque muitos utilizavam equipamento de segurança. “Muitos relataram que estavam usando cinto de segurança e, por isso, foram salvos de ter sofrido ferimentos mais graves”.