Matador da facção volta à cadeia com 11 acusações de assassinatos

Armamento pesado, inclusive fuzil, apreendido pela polícia em 2018 (Fotos: Polícia Civil)

Região – Um criminoso com extensa ficha de antecedentes e denominado como matador da facção que lidera o tráfico de drogas nas regiões do Sinos e Paranhana, foi capturado por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil.

A prisão de Samoel Alves da Rosa, vulgo Carioca, ocorreu no dia 30 de maio, em Parobé, e foi coordenada pelo delegado Gabriel Casanova, em razão de um homicídio cometido no ano de 2012, em São Leopoldo. Carioca estava foragido da Justiça desde agosto do ano passado.

Carioca é apontado como um dos principais responsáveis pelas execuções vinculadas à facção. Outro acusado, vulgo Paulista, que também atuava nas mortes, está recolhido em um presídio de Porto Alegre.

Após um pouco mais de um mês de investigação, a equipe de capturas do Deic obteve informações de que Carioca estaria circulando pelas cidades de São Leopoldo ou Parobé. Dessa forma, duas equipes realizaram estudos nestas cidades até localizar o foragido no município parobeense. Além do homicídio de 2012, Carioca é acusado de outras 10 execuções, sendo a maioria em Parobé.

Inquérito local

No ano passado, quando ainda respondia pela delegacia de Parobé, o delegado Gustavo Bermudes Menegazzo da Rocha, realizou uma força-tarefa para concluir o inquérito de diversos homicídios cometidos nos anos de 2017, 2018 e 2019. Um dos objetivos com a agilidade na condução do trabalho, muito ligado às provas periciais, era para conseguir manter Paulista preso e recapturar Cariosa ao sistema prisional para os procedimentos de júri.

Mortes e sequestros

A ficha de crimes nos quais Carioca é acusado pela polícia é extensa. A primeira acusação de homicídio ocorreu em junho de 2012, em São Leopoldo. Já entre 2017 e 2019, sua vida criminal seguiu praticamente toda no Vale do Paranhana. Somente em Parobé, foram seis homicídios (1 em 2017, 4 em 2019 e 1 em 2019), sendo que em duas ocorrências, foram duas pessoas executadas. No ano de 2018, fugindo um pouco da área de atuação, ele foi acusado de outro homicídio em Lindolfo Collor. Em Sapiranga, outra pessoa foi morta no bairro Amaral Ribeiro, no ano de 2019. Por fim, o último crime contra a vida no qual ele é acusado de envolvimento foi cometido em junho de 2022, quando duas pessoas foram mortas em um bar de Nova Petrópolis.

Fora as execuções, na sua maioria com armas e com inúmeros tiros, ele também responde a dois crimes de extorsão mediante sequestro em Santo Antônio da Patrulha.