Estuprador é preso 10 anos após dois ataques a mulheres no Vale do Paranhana

Com condenação de 19 anos por um estupro em Igrejinha, agora acusado responde por mais dois crimes no Vale do Paranhana Foto: Polícia Civil

Igrejinha/Três Coroas – O material genético de um estuprador, coletado em 2017 , foi fundamental para descobrir a autoria de outros dois estupros cometidos anos antes em Igrejinha e Três Coroas. O resultado desse comparativo, feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), foi repassado à Polícia Civil na semana passada.

A prova pericial concluiu a investigação do roubo seguido de estupro de uma adolescente de 14 anos, em Três Coroas, e do estupro de uma mulher de 25 anos, de Igrejinha, ambos ataques ocorridos em 2013. Na época, a polícia não conseguiu identificar o estuprador.

O delegado Ivanir Caliari explica que no ano de 2017, Diego Francisco da Silva, hoje com 34 anos, foi preso pelo roubo à residência seguido de estupro de outra garota de 14 anos em Igrejinha. Por este crime, ele foi condenado a 19 anos de prisão. “No entanto, como as instâncias de recursos demoram para transcorrer, somente agora, recentemente, com trânsito julgado deste estupro de 2017, foi possível utilizar o material para confrontar com outras vítimas da região. E, justamente, nestes dois casos, que estavam sem autoria, o material foi compatível”.

Liberado para prisão domiciliar

A prova genética é inquestionável. Com isso, a Polícia Civil passou a procurar pelo estuprador, que mesmo condenado, já estava em liberdade. “Recentemente, ele havia sido liberado para cumprir pena em prisão domiciliar, o que é um absurdo, pois ele recebeu 19 anos de prisão e ficou só seis anos preso. Mas ele estava descumprindo o benefício, pois não estava em casa. Nas vezes em que tentávamos intimar ele, para ouvi-lo, ele não estava na residência”, disse o delegado, que, então, solicitou sua prisão preventiva à justiça.

De volta para o sistema prisional

O delegado Caliari ressaltou a importância da prisão preventiva, também, pela verificação que Diego não estava cumprindo adequadamente sua prisão domiciliar, andando livremente pelas ruas, pois por duas ocasiões não foi possível encontrá-lo no endereço por ele informado, sendo que tal hipótese seria possível somente em caso de regular exercício de atividade empregatícia, o que não foi informado e comprovado pelo detento junto à Susepe. Com a prisão preventiva decretada, o acusado foi capturado na estrada geral de Moreira, próximo ao limite de Três Coroas e Gramado. Após audiência de custódia, ele retornou ao sistema prisional.