Delegado tenta identificar bandidos que mataram vendedor de joias a tiros

Igrejinha – Quanto mais os dias passam, mais peças começam a formar a investigação da Polícia Civil de Igrejinha, que busca elucidar a morte do vendedor de joias André Luís de Azevedo, 37 anos.

O corpo dele foi localizado na semana passada, dia 13, abandonado em uma estrada de chão às margens da RS-020, na localidade de Nova Aurora, considerada zona rural no município. A identificação dele foi confirmada nesta semana pelo delegado Ivanir Caliari. André residia em Gravataí, não possuía antecedente criminal e atuava por mais de 10 anos no ramo de venda de joias. Sem a identificação da vítima, já havia chamado a atenção alguns detalhes e apreensões feitas junto ao corpo. Dentro dos bolsos da roupa de André, os policiais apreenderam mais de R$ 70 mil em joias. Os materiais eram de ouro 18k. Também foram localizados uma cadeirinha de bebê, óculos de sol, protetor solar, dinheiro e cheques.

Inicialmente, acreditava-se em crime de latrocínio, roubo seguido de morte. No entanto, agora, as pistas levam a um homicídio (execução). “Ainda não descartamos latrocínio, mas nos causa estranheza que esse ouro não foi levado. É uma investigação bem complexa”, resumiu o delegado Caliari.

O carro da vítima, um I30 branco, foi localizado no dia seguinte ao crime, abandonado às margens da RS-020, mas no município de Gravataí.

MORTO NO BANCO DE TRÁS

Conforme informou o delegado, a equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) realizou a coleta de materiais no veículo da vítima, sendo possível verificar indícios de que o André sofreu cinco disparos de arma de fogo ainda no interior do carro, no banco de trás. Somente depois do assassinato, seu corpo foi abandonado na estrada de Igrejinha. A polícia segue em buscas de câmeras e possíveis testemunhas.

Mistérios rondam o crime

Os próximos mistérios a serem desvendados pela Polícia Civil é a identificação dos criminosos e a motivação para o crime. Informações preliminares dão conta de que André não tinha os pais vivos, era separado e tinha uma filha de quatro anos. Amigos que perceberam seu desaparecimento e iniciaram uma mobilização para localizá-lo, divulgando um cartaz com sua foto e informações do veículo I30. No dia do crime, André estaria indo a Porto Alegre para atender um cliente. Ele não tinha loja física, o contato era direto com a clientela. Pegava os pedidos das joias e repassava a confecção para diferentes ourives (profissional que produz as joias). André tinha clientes em diversas cidades da região metropolitana. A polícia tenta descobrir o porquê as joias avaliadas em R$ 70 mil não foram levadas. Ainda não foi possível saber se os criminosos chegaram a levar uma quantidade maior e essas ficaram para trás ou o objetivo era somente a morte da vítima.