Brigada Militar reprime marginais para reduzir criminalidade em Parobé

Ação em combate ao tráfico de drogas realizada na cidade Foto: Brigada Militar

Considerado um dos órgãos principais para auxiliar no desenvolvimento das cidades, a Brigada Militar desempenha um papel importante e delicado no Rio Grande do Sul. Parobé, por sua vez, enfrenta o mesmo problema da maioria das cidades no Estado: a falta de efetivo policial. No entanto, mesmo diante das dificuldades, a BM do município vem realizando um trabalho de policiamento ostensivo com a ajuda de três batalhões da polícia militar (25º BPM, 3º BPM e 32º BPM) em áreas que exigem uma atenção especial da cidade e as ações vem surtindo efeito.
O Capitão Ubirajara Dill, comandante do batalhão parobeense, explica que estudos tem sido realizados para identificar as necessidades pontuais da cidade, para assim poder realizar o trabalho de forma efetiva e ajudar a comunidade. Dill ainda revela que recentemente uma operação intitulada “Retomada” foi deflagrada em Parobé e através dela cinco pessoas foram presas. Destas, quatro eram foragidas e uma foi autuada por tráfico de drogas. Ação essa que teve seu início a partir de uma denúncia de que facções estariam agindo em um bairro da cidade, sob a desculpa de realizar uma festa em alusão ao dia das crianças, na intenção de despistar a polícia.

“Eu creio que a gente continua plantando a sementinha, não colhemos nada ainda”

Entrevista – Capitão Ubirajara Dill, comandante da Brigada Militar de Parobé

 Repercussão Paranhana – Como é a realidade da polícia aqui com a comunidade?
Capitão Dill – Nós nos damos bem com a comunidade, temos uma relação direta com eles. Desde que cheguei aqui procurei promover esse contato. Eu particularmente conheço muitas lideranças municipais, tem muito pouca gente que eu não conheço. Logo no início, teve aqueles assaltos a banco aqui, o episódio dos PM’s presos. Ficou bem difícil trabalhar na rua, ou seja, os brigadianos que estavam naquela época e que ficaram são os homens de coragem. O restante ou foi embora ou foi preso e os que ficaram foram os que tocaram o barco. Em um primeiro momento nem ocorrência a gente conseguia atender, em algumas situações eu fui para a rua com eles. Havia uma certa resistência da comunidade. Aí tu tem que mostrar para eles que seria pior sem o efetivo que ficou aquela vez, por que os que permaneceram ficaram por que queriam trabalhar.

  Reperucussão Paranhana – Contextualiza para nós um pouco do trabalho da BM aqui na cidade nos últimos dias?
 Capitão Dill – Nós tivemos um aumento nos índices de prisões, porque em dois momentos nós cumprimos aqui no município cinco mandados de prisão por ordem judicial. Veio do 25º BMP de São Leopoldo, do 3º BPM de Novo Hamburgo e do 32º BPM de Sapiranga. A gente fez toda uma estratégia, eles vieram com os alvos delineados e depois disso eles foram cumpridos. Ninguém veio aqui procurar nada, nós fomos direto no alvo. Foram cinco mandados expedidos, destes, um não foi cumprido porque não localizamos ninguém na residência e nos quatro efetuados aconteceram seis prisões. Fora o tráfico de entorpecentes, que foi uma droga apreendida onde pegamos em torno de 100 pinos de cocaína no bairro Cohab.