Após aplicar golpes em mais de 60 clientes, dono de revenda de Igrejinha é preso em Mato Grosso

Foto: Divulgação

Igrejinha – O dono de uma revenda de veículo de Igrejinha foi preso nesta terça-feira (14), na cidade de Lucas do Rio Verde, no Estado de Mato Grosso. O acusado, de 40 anos, é investigado por aplicar golpes de forma continuada em clientes de sua revenda de veículos, em Igrejinha.

Conforme o delegado Ivanir Caliari, a empresa dele passou a receber veículos pertencentes a dezenas de clientes da cidade de Igrejinha e região do Vale do Paranhana para posterior venda. Todavia, a partir do mês de maio deste ano, ele passou a comercializar veículos dos clientes que estavam em sua loja para terceiros sem, no entanto, repassar os valores das vendas para os donos dos carros, ocasionando prejuízo também aos compradores, pois muitos desses veículos eram vendidos como quitados quando em verdade possuíam restrição de financiamento bancário, feito posteriormente à negociação. “E isso acabava por inviabilizar a transferência de tais automóveis pelos compradores. Outro golpe noticiado por vítimas durante a investigação foi a tomada de financiamentos promovida pelo suspeito em nome de clientes sem a autorização de tais pessoas, que tomavam conhecimento de tais transações tão somente após terem as prestações cobradas pelas instituições financeiras por compra ‘forjada’ de veículos”, explicou o delegado.

ESCONDIDO NO MATO GROSSO COM CARRO DE IGREJINHA 

Em razão das denúncias e sumiço do investigado, desde o mês de setembro, as vítimas passaram a procurar a delegacia e Caliari representou pela decretação da prisão da prisão preventiva do proprietário da revenda, bem como pela restrição de transferência de 63 veículos envolvidos em golpes.

Em dois meses de investigação, o investigado foi localizado em Mato Grosso. Ele foi capturado pelo 13º Batalhão de Polícia Militar de Lucas do Rio Verde, enquanto trafegava em um veículo com placas de Igrejinha. Também foram apreendidos no apartamento do golpista talão de cheques, cartões bancários, notebooks e telefones celulares.

O acusado preferiu não se manifestar na delegacia.