Abigeatários foram flagrados e presos por ação conjunta entre BM e comunidade de Taquara

Apreensões feitas com os criminosos presos no domingo (Foto: Brigada Militar)

Taquara – A ação rápida e conjunta entre Brigada Militar e comunidade culminou na prisão de três acusados do crime de abigeato na madrugada do último domingo no interior de Taquara.
De acordo com o comandante da BM de Taquara e Parobé, capitão Gabriel Damasio, a ação aconteceu após denúncia de moradores informando que uma picape Corsa de cor verde estaria circulando de forma suspeita pela região. “Ele (condutor) largava os comparsas no mato próximo onde tinha o gado, em uma estrada de chão. Eles entravam, matavam os bois e depois voltavam para buscar a noite”, explica o comandante. Os policiais militares, imediatamente, se deslocaram para o endereço da denúncia, na Linha São João, a cerca de quatro quilômetros da RS-020. “De imediato, ao chegar, conseguimos prender dois deles em flagrante. Prendemos o motorista que estava aguardando e o outro que cortava o boi”, detalha o capitão. Um terceiro criminoso, que também estava auxiliando no abate do animal, fugiu. “Mas, com a ajuda de populares, logo conseguimos prendê-lo”, completa. O quarto integrante da quadrilha fugiu e não foi localizado pela guarnição e nem pela comunidade. Ele adentrou o mato e, apesar das buscas, não foi encontrado.
Os presos já possuíam antecedentes por crimes de menor potencial, como furtos. Eles foram algemados e encaminhados para a delegacia de pronto atendimento de Taquara para os procedimentos legais. O caso deverá seguir sendo investigado pela Polícia Civil para identificar o último integrantes da quadrilha que conseguiu fugir.

Informação é fundamental

O comandante Damásio reforça a importância da denúncia da comunidade, assim como pontua a grande dificuldade de conseguir prender abigeatários em flagrante. “O furto abigeato é difícil a configuração, pois ele ocorre em lugares afastados, muitas vezes de mata fechada, em áreas com centenas de hectares e muitas as vezes os proprietários só percebem dois ou três dias depois do fato. Com isso, esses indivíduos (os abigeatários) se favorecem de toda essa situação – lugar ermo, mata animal (ele não se manifesta, tem mobilidade reduzida) para obter êxito. Quando conseguimos informações privilegiadas, com denúncias de carro suspeito, estacionado em local que não tem o porquê estar ali parado naquele lugar, nós atuamos imediatamente. A gente deu sorte nessa ação, é difícil, mas agradecemos a comunidade por nos auxiliar com informações, que foram fundamentais”.

CRIMES DE ABIGEATO EM 2020

Araricá                                3
Campo Bom                       4
Igrejinha                             3
Parobé                               8
Riozinho                             0
Rolante                              4
Taquara                              18
Três Coroas                         6
Sapiranga                           4
Nova Hartz                         4
TOTAL                                54

Vítimas devem fazer registro sempre

Capitão Damásio responde por Taquara e Parobé

Os índices do crime de abigeato não são alarmantes na região. Nas 10 cidades de circulação do Grupo Repercussão (box ao lado), durante o ano de 2020, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, foram registrados 54 casos. O município com mais casos foi justamente Taquara, com 18 ocorrências. “A gente sempre pede que a comunidade registre esses furtos para que tenhamos noção do que está acontecendo. Tento todos os casos registrados, nós conseguimos mapear, onde estão ocorrendo os abigeatos. Às vezes, a vítima pode pensar que perdeu o gado e não vale a pena registrar, mas vale”, orienta o capitão. Damásio reforça informações que podem auxiliar a polícia a chegar aos criminosos. “Todas as informações, por menores que sejam, em um contexto geral, podem nos ajudar e ajudar a Polícia Civil num processo de investigação. “Veículos suspeitos, cor, modelo, quantas pessoas estavam dentro, horário que viu determinado carro; são todas informações que podem ajudar a identificar esses indivíduos”, completa o comandante.