Juíza Ana Teixeira assume a 2ª Vara da Comarca de Parobé

Juíza Ana Paula Furlan Teixera. Foto: Divulgação / Arquivo pessoal

Parobé – A juíza Ana Paula Furlan Teixeira assumiu, na última semana, a titularidade da 2ª Vara da Comarca de Parobé. Entusiasta dos temas relacionados à infância e juventude, a magistrada afirma que essas serão suas áreas prioritárias de atuação. A juíza chega ao cargo com o desafio de colocar em dia os cerca de 15 mil processos em andamento na respectiva Vara.

“Temos muita demanda represada na parte de execuções fiscais e muitos processos físicos também. Muitas comarcas já digitalizaram tudo, e aqui houve uma digitalização muito grande, mas faltam alguns detalhes nos processos para conseguirmos concluir e arquivar definitivamente”, explica. Para os processos novos, não se usa mais papel. Os ofícios passaram a ser enviados de forma virtual e a parte que ingressa já faz isso via processo eletrônico, lembra Teixeira.

A 2ª Vara tem sob sua jurisdição processos criminais e cíveis, e tem especialização em infância, juventude e violência doméstica. “Fiquei muito feliz que minha Vara abrange a infância e adolescência. É um desejo meu dar prioridade a esses processos. Também àqueles de famílias, que envolvem situações sensíveis de guarda de crianças e adolescentes. Meu primeiro olhar está sendo para estes”, afirma a magistrada.

A saúde também receberá uma atenção especial da juíza. “Já estive do outro lado, como Ministério Público e advogada. Então, sei que pode haver muita diferença se um processo ficar um ou dois dias parado”. Da mesma forma, lembra, sua Vara abrange a violência doméstica, outro tema sensível. “Tem muitas medidas protetivas diárias que a gente tem que fazer. Pretendo trabalhar essa área não só de forma judicial, mas também com ações em conjunto com o Ministério Público para que haja uma conscientização sobre a violência contra a mulher, criança e idoso. Acredito no processo judicial, mas acredito ainda mais nessas ações em rede”.

Violência doméstica
A Comarca de Parobé possui mais de 1500 processos de violência doméstica em andamento. Para a magistrada, o papel do judiciário não se restringe somente a pegar o processo e julgar as partes envolvidas. “Acredito que há uma forma de evitar isso, com a conscientização. Não é só deixar as penas mais duras. Na minha experiência como promotora, quando a pessoa procura a delegacia para fazer a denúncia, é porque a violência já ocorre há muito tempo, e mesmo assim, isso não vai acabar ali”, pontua a juíza.

Trajetória
Ana Paula Furlan Teixeira é natural de Porto Alegre e formada em Direito pela PUC. Ao longo dos anos realizou especializações, advogou e nos últimos dois anos atuou como Promotora de Justiça no Mato Grosso, cargo que deixou para assumir a magistratura. “Eu não conhecia Parobé, mas estou gostando muito. A proximidade com Porto Alegre é um fator muito positivo. Gostei da cidade. Aqui temos uma equipe grande, que está bem compartimentada”, conclui.