O trabalho voluntário em Rolante é evidente em vários momentos. Seja pelo exímio serviço prestado pelos bombeiros há mais de 20 anos ou ocasiões em que os moradores precisaram unir forças para se recuperar de enchentes, por exemplo, o voluntariado sempre se fez presente.
Um exemplo é o caso do jovem Diógenes Samuel Petry, formado em Sistemas para Internet e pós-graduado em Engenharia de Software pela Universidade Feevale, que desenvolveu um sistema de gerenciamento de inúmeras áreas que fazem parte do dia a dia das corporações dos bombeiros.
Morador de Rolante, Petry conta que as conversas para a criação do sistema começaram através de um amigo. “Eu cheguei até o comandante de Rolante, o Leandro, por um dos bombeiros. A gente tinha uma amizade, ele comentou que eu estudava e trabalhava com isso e acabamos sentando e conversando sobre. Aí nasceu a ideia do sistema”, relembra.
O software é chamado de Sistema Gestor de Corporação, que abrange o gerenciamento de boletins de atendimentos (SISBA); gerenciamento dos bombeiros (SISBOM); gerenciamento da frota e manutenções (SISFROTA); gerenciamento financeiro e de prestação de contas (SISFINANCEIRO) e o gerenciamento de hidrantes e pontos de captação de água (SISGERE).
Utilizado por associados da Voluntersul
Ao contrário do que se pode imaginar, Diógenes não é voluntário dos bombeiros, entretanto, desenvolveu o sistema de forma gratuita e conforme as demandas surgem, é através do seu trabalho que o software recebe atualizações.
Conforme Petry, no início o sistema foi utilizado apenas pelos Bombeiros Voluntários de Rolante (BVR) e Igrejinha (BVI). Atualmente, mais de 30 corporações associadas a Associação dos Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul) tem acesso ao programa.
Comando de Rolante exalta parceria
- Leandro Gottschalk, comandante do BVR, enfatiza a importância da disponibilização do software. “Para nós foi muito bom a implantação do sistema porque ele reduziu papel e tempo. Então, onde a gente antes gastava um bombeiro só para ficar gerenciando a parte administrativa, conferindo e cobrando as fichas, hoje a gente pode abrir um boletim, inclusive na própria ocorrência, aonde podemos ir fazendo o registro e validando ele. Então, a gente ganha tempo com isso”, explica.
- Gottschalk ressalta ainda que o sistema é fundamentai para o funcionamento dos bombeiros. “É imprescindível. Sem ele, praticamente, nós podemos dizer que nós paramos”,, conta. “Inclusive, uma corporação que nasce e quer usar o sistema, ele mesmo faz a sua auto gestão da unidade. Então, a pessoa não precisa saber muita coisa, só precisa ir alimentando o software que ele consegue gerenciar uma associação dos bombeiros voluntários dentro dos padrões de legislação”, conclui.