Vale-gás é colocado em pauta nas Câmaras de Vereadores de Igrejinha e Sapiranga

Gás subiu mais de R$ 7,00 de fevereiro para março de 2021 Foto: Lilian Moraes

Lilian Moraes e Cláudia Diniz
de Igrejinha e Sapiranga

A pandemia acabou evidenciando ainda mais as diferenças sociais que existem nas comunidades. Seja com relação a alimentos ou itens considerado essenciais para o dia a dia das famílias, as dificuldades para adquirir o básico ficaram maiores por inúmeros fatores. Um deles é o aumento no preço.
Só o gás de cozinha, conforme divulgado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), custava em janeiro 2021 R$ 74,41. Em fevereiro manteve o preço, mas em março, quando foi anunciado o último aumento, subiu para R$ 82,36.
Diante disso, em Igrejinha e Sapiranga, vereadores formalizaram indicações em suas respectivas Câmaras, sugerindo que ambos os executivos ofereçam um auxílio-gás para as famílias mais necessitadas.
Na capital estadual do voluntariado, a sugestão partiu do vereador Carlos Rivelino Karloh (PP), conhecido como Padilha.
Em Sapiranga, no mês de abril, a vereadora Rita Della Giustina (PT) fez a indicação à Câmara Municipal pedindo a criação de um projeto com objetivo de conceder um “Vale-Gás” às famílias de baixa renda. Conforme a parlamentar, essa indicação tem por objetivo principal auxiliar os cidadãos que tiveram seus rendimentos seriamente comprometidas e que de alguma forma tem buscado ajuda junto às secretarias do município.

Viabilidade será estudada

Sugestão chegou até o Executivo; vereador revela intuito da proposta

A justificativa da sugestão é direta. Ao ser questionado sobre os motivos pelos quais levou o assunto para a pauta, Padilha conta que tem recebido inúmeros apelos. “O motivo principal é que como eu tenho bastante contato com as pessoas de classe mais vulnerável, eu recebo diversos depoimentos de pessoas dizendo que agora tem alimentos, mas não tem gás para cozinhar”, explica.
Contudo, como é um assunto delicado e necessita de recursos, Padilha conta que a proposta foi vista com bons olhos pela Prefeitura, mas que ainda será analisada. “Imediatamente ele [o prefeito Leandro Horlle] simpatizou com a ideia, só me pediu um tempo para falar com a assistência social e com o jurídico para ver qual a forma para poder colocar em prática”, enfatiza. Segundo o vereador, o investimento inicial seria de R$ 80 mil, podendo contribuir com aproximadamente mil famílias.

Proposta no Senado

O senador Paulo Paim (PT-RS) propôs no final de abril o PL 1.507/2021, que prevê um auxílio no gás de cozinha. De acordo com a projeto, o benefício seria pago a cada dois meses. Seu valor corresponderia ao preço médio de venda do botijão de gás de 13 kg, conforme definido, mensalmente, pela ANP na unidade da federação em que a família vive. Para ser beneficiado com o novo auxílio, as famílias devem atender a pré-requistos como estar inscritas no CadÚnico ou receber o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). Ainda não há data prevista para a apreciação do projeto.