Vale do Paranhana permanece na bandeira amarela do distanciamento controlado

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Região – Embora tenha registrado um aumento de casos confirmados nos últimos dias, a região do vale do Paranhana permanecerá na bandeira amarela (com risco baixo) por mais uma semana, conforme anunciado pelo Governador Eduardo Leite na tarde desta sexta-feira (26).

Além das quatro regiões que já estavam na bandeira vermelha, o mapa do Distanciamento Controlado apontou piora nos indicadores em outras cinco regiões: Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo. Somadas a Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas, o Estado tem, portanto, nove regiões na bandeira vermelha na rodada preliminar do modelo, divulgada nesta sexta-feira (26/6).

Situação geral

O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 365 para 478 – crescimento de 31%.

A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) passou de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo reduziu de 587 para 264.

Um dos principais fatores que levaram a consolidação das bandeiras vermelhas e laranja é o agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes de Covid-19), mensurada no Estado como um todo. Até a rodada anterior, o indicador recebia a bandeira laranja, mas na rodada atual atingiu bandeira vermelha.

Esse indicador permite acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção. No entanto, é um indicador que também está diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que, quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.

ENTENDA O DISTANCIAMENTO CONTROLADO
Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio, com o Decreto 55.240 – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em todo o Rio Grande do Sul.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).O monitoramento dos indicadores de risco é semanal.

Nesta semana, o governo efetiva a nova sistemática de divulgação das bandeiras do modelo de Distanciamento Controlado. Até a noite desta quinta-feira (25/6), foram coletados os dados. O mapa preliminar com as cores das 20 regiões foi divulgado na sexta (26/6).

A partir da 0h de sábado (27/6), as eventuais regiões que tiverem redução no risco epidemiológico já terão vigência da nova bandeira. Por exemplo, se na semana anterior estava com vermelha, passará a valer a laranja, que tem menos restrições.

As regiões que permaneceram com a mesma cor ou tiverem aumento no nível terão prazo, até as 8h de domingo (28/6), para entrarem com recurso. Na segunda-feira (29/8), o Gabinete de Crise analisará os dados e divulgará o resultado. As bandeiras passam a valer na terça-feira (30/6).

Clique aqui e acesse o levantamento completo da oitava rodada. 

Com informações do Governo do Estado do Rio Grande do Sul