Três gerações representadas em livro sobre a história da cidade

Autoras Lígia Mosmann e Eloísa da Silva distribuíram autografos no lançamento, em dezembro. Foto: Divulgação

Parobé – A convergência de dois projetos resultou na construção de um novo livro sobre as origens e a história de Parobé. Lançada em dezembro do último ano, a obra “Parobé, Minha Cidade Tem Memória” foi desenvolvida pelas escritoras Lígia Mosmann, Eloísa Elena da Silva e Eduarda Guilhermano da Rocha, que representam três gerações do município. O livro foi adquirido por meio de doações de patrocinadores da região.

A autora Eduarda Rocha conta como surgiu a ideia do projeto: “No meu trabalho de conclusão da graduação (Jornalismo) pensei em uma forma contribuir com o Município, por ser servidora há dez anos. Notei que a comunicação é importante na construção da imagem social da cidade e meu trabalho foi baseado nisso. Me interessei em conhecer mais a história de Parobé e enquanto buscava material de pesquisa encontrei a então coordenadora de cultura, Josélia Vianna, que tinha a vontade de criar um projeto de identificação da comunidade com o Município através das escolas”, recorda.

“A maioria da nossa população veio de outras cidades para trabalhar nas fábricas de calçado. Parobé foi um dos municípios que mais cresceu com o movimento imigratório na década de 1980”, explica Rocha. Ciente disso, a autora percebeu que, por não ter origem na cidade, muitas pessoas não se identificavam como moradoras, o que causa uma desvalorização natural na consciência coletiva. Foi a partir dessa percepção que nasceu a ideia do livro. “A Lígia Mosmann foi uma das únicas pessoas que se interessou em escrever sobre a história da cidade na década de 2000. Só o livro dela era referência até então. Já a Heloísa tinha feito um trabalho sobre isso na década de 1990. Então, a Josélia resolveu juntar três pessoas que escreveram sobre a história da cidade para o projeto”, conta.

O livro passou a fazer parte do currículo escolar do ensino fundamental da rede pública do município. “Acredito que esse material é de grande importância. As crianças precisam saber como a cidade se formou, porque existe tanta gente de fora”, ressalta Rocha, afirmando que “meus pais escolheram morar em Parobé por ser uma cidade acolhedora e solidária, e acredito que o poder público tenha responsabilidade de ensinar isso”.