Três Coroas – Três Coroas é um município localizado em um vale, cercado de morros, tem um rio que corta a sua zona urbana de norte a sul e muitos afluentes. Ou seja, lá nos seus primórdios a cidade foi povoada em uma área muito vulnerável a enchentes e inundações.
Quem conversar com os moradores mais antigos, ouvirá muitos relatos de prejuízos e até tragédias causadas pelas cheias.
De lá para cá, muitas medidas foram tomadas para evitar ou minimizar o problema. Uma delas é a dragagem do rio e dos arroios.
Atualmente, a Prefeitura Municipal está dragando um trecho de 700 metros do Arroio Moreira, na altura do Bairro Sander. O trabalho consiste na remoção do excesso de terra e pedras do córrego, que é fruto do processo de assoreamento.
A mediada possibilita uma maior vazão da água, impedindo o transbordo nos dias de muita chuva.
De acordo com o prefeito Alcindo de Azevedo, esse tipo de trabalho já evitou inúmeros alagamentos. “Mesmo com as cheias que tivemos nos últimos dias, não tivemos nenhuma casa alagada, graças a dragagem que foi realizada. Este é um trabalho contínuo”, conta Alcindo.
Dragagem em vários locais
Além do Arroio Moreira, a prefeitura também dragou aproximadamente 600 metros do Arroio Quilombo e cerca de 1.250 metros do Rio Paranhana, em um trecho da área central da cidade. No local, em um barranco ao lado da Rua Henrique Juergensen, foram construídos gabiões (uma espécie de muro de contenção, tipo estrutura armada feito de pedra e arame) com 65 metros de extensão por seis metros de altura, para conter a erosão.
Obas com licença ambiental
O vice-prefeito, Irineu Feier, que também responde pela Secretaria de Agricultura, acompanhou o prefeito na vistoria dos trabalhos. Segundo ele, esse tipo de obra deve se repetir, pois o arrio com o tempo vai aterrando.
“Estamos novamente dragando o Arroio Moreira, porque é um trabalho que se deve dar continuidade. Se não fosse essa dragagem, algumas casas do Bairro Sander poderiam ter sido alagadas com as últimas chuvas. Mas temos que lembrar que não é simplesmente botar a máquina e fazer o trabalho. Para fazer isso é necessário obter uma licença ambiental”, explica Irineu.
De acordo com ele, o material extraído de dentro do córrego deve ser colocado em suas margens. Para utilizá-lo como aterro em outo lugar, é necessário que a área que irá receber a terra e as pedras também tenha uma outra licença ambiental.