Taquarenses levam ao MP reivindicação por passarela e ciclovia na ERS-239

Reunião contou com presença de lideranças da região e representantes da comunidade. Foto: Matheus de Oliveira

Taquara – Nesta semana se iniciou mais um capítulo na luta pela construção de uma passarela e viabilização de uma ciclovia na ERS-239, no trecho em duplicação entre Taquara e Rolante. Através de um pedido protocolado pela Associação Taquarense dos Amigos Ciclistas (Atac), o Ministério Público do município realizou uma audiência na segunda-feira (25) para ouvir a comunidade e lideranças locais.

Embora a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) esteja avançando na construção de um viaduto para travessia de carros e pedestres na altura dos bairros Santa Teresinha e Empresa, o problema está no trecho entre os bairros Ideal e Medianeira, que não conta com maneiras alternativas para quem quer passar.

Conforme Sandro da Silveira, integrante da Associação de Moradores dos bairros Ideal e Medianeira, nos últimos dez anos foram pelo menos 25 acidentes no local. “Em um caso recente morreu uma mulher gestante, junto com o feto. É uma situação gritante pra nós. Não sei como ainda não avançamos nessa situação”, relatou à reportagem após a audiência.

Apesar do empenho da comunidade, levará tempo até resolutividade

Humberto Klein, tesoureiro da Atac, defendeu durante a reunião que a EGR está descumprindo a Lei de Mobilidade Urbana Federal, uma vez que o projeto de duplicação não contempla ciclovia no perímetro urbano e nem acesso entre os bairros. “A gente não quer parar a obra. Queremos readequar o projeto, porque há risco de vida para ciclistas e pedestres”, argumentou.

Representando o Executivo, o secretário de Segurança e Trânsito, Lorival da Rosa, observou que as rodovias não estão sob jurisdição do município. Conforme Lorival, o projeto do Estado foi imposto e não houve a comunicação dos detalhes à Secretaria de Planejamento da cidade. “Nossa posição é que continuem a obra, e depois de pronto vemos estes encaminhamentos. Não queremos interromper a duplicação porque ela beneficia toda a comunidade”, afirmou.

A promotora Ximena Cardozo explicou que, agora, a primeira providência a ser tomada é um pedido de informações para a EGR. Embora tenham sido realizadas reuniões e audiências públicas para buscar soluções, é preciso trabalhar através de protocolos para chegar a uma saída. “Não vai se resolver em pouco tempo porque tudo é muito demorado”, ressaltou.