Taquara – Pelo menos 30 novos quebra-molas vão fazer parte da rotina de quem transita pelo perímetro urbano de Taquara. Conforme o secretário de Segurança e Trânsito, Lorival da Rosa, os redutores vão começar a ser instalados no início de março. O projeto está em fase de análise na Secretaria de Planejamento e deverá ser posteriormente encaminhado para o setor de compras para a realização de licitação. A estimativa é de que sejam gastos cerca de R$70 mil. O recurso a ser utilizado foi obtido através do estacionamento rotativo da cidade, que, sob tutela do Consepro, mensalmente faz repasses ao caixa da Prefeitura.
De acordo com o secretário, a medida atende às reivindicações da população. “O objetivo é a diminuição dos acidentes, protegendo principalmente as crianças”, afirma. Lorival explica que a secretaria buscou dados junto à Brigada Militar para mapear os pontos com maior índice de acidentes. “Baseados nisso é que tomamos as decisões”, ressalta.
Autoridades avaliam
Lorival da Rosa, secretário de Segurança e Trânsito
“Apesar da iniciativa, eu sou contra a instalação de quebra-molas. Deveríamos ser educados e respeitar o limite de velocidade. Os índices de mortes mostram que a parcela mais afetada por essa imprudência são os jovens, então, nós esperamos diminuir os índices de acidentes e reeducar a população, mesmo que seja através deste tipo de redutor. Hoje há muita imprudência e isso é algo que atende aos pedidos da população”
Dênis Badermann, secretário do Consepro
“O Consepro tem sempre a posição de facilitar a vida do cidadão. Em trânsito sempre temos que pensar em todas as hipóteses. A instalação de quebra-molas sem um estudo e sem consultar a população é uma medida antipática. Entendo que o assunto poderia ter sido discutido melhor, com mais cautela. O Consepro não é contra, mas não é a favor de que sejam instalados sem um estudo. É preciso saber onde, porque e para quem.”
Preocupação
Secretário do Consepro, Dênis Badermann vê com apreensão a imprudência exercida nas ruas. “A velocidade tem aumentado nas vias. Estamos preocupados em como fazer com que as pessoas compreendam que é preciso respeitar o limite de velocidade”, revela.
O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) é a entidade que gere o estacionamento rotativo, a “zona azul”, da região central da cidade. Além de custear as próprias despesas, o conselho ainda direciona os recursos excedentes para a prefeitura, que destina os valores para investimentos e melhorias nas áreas de trânsito e segurança da cidade.
Alternativas para mais segurança
Badermann aponta que existem alternativas ao uso de quebra-molas. “Primeiro, uma sinalização eficiente pode ajudar, porque o motorista percebe que há uma atenção com o local; segunda coisa é que podemos ter fiscais de trânsito mais presentes em determinados locais, fazendo com que os imprudentes parem, reduzam a velocidade, e até mesmo recebam alguma multa”, detalha. O secretário aposta ainda na educação. “Temos que insistir com as crianças. Se na escola elas aprenderem que não se deve andar acima do limite de velocidade, a criança vai cobrar o pai quando ver ele cometendo a infração”, resume.
Entre os locais que devem receber os redutores de velocidade, estão as ruas Tristão Monteiro, Medianeira, Ernesto Alves, Rockfeller, Pinheiro Machado, Mundo Novo, Santarém e outras. Conforme Lorival, alguns locais atendem a pedidos do Ministério Público.