Taquara – O Taquara Automóvel Clube (TAC) está vivendo na expectativa para a retomada dos campeonatos nas suas pistas. Em março, os campeonatos Gaúcho e Metropolitano de Velocidade na Terra foram suspensos em função da pandemia, assim como os torneios dos demais esportes. A edição estadual nem chegou a iniciar, enquanto a regional teve apenas uma etapa disputada. Desde então, o clube está fechado, sem poder realizar atividades ou manutenção na sua pista. Consequentemente, os pilotos acabam sem conseguir treinar de forma adequada, pois aqueles que podem praticam em simuladores, mas boa parte acaba ficando parada.
Segundo o clube, há uma expectativa muito grande para a retomada das disputas, inclusive, entre as famílias dos competidores. “Muitos fazem da velocidade na terra seu sustento para manter suas famílias e poderem dar para seus filhos, por exemplo, uma vida de qualidade”, afirmou o clube, através da assessoria de imprensa.
A previsão do clube é que, a partir de setembro, os campeonatos possam ser retomados. O TAC, além de ser sede do Metropolitano, também realiza uma prova do Campeonato Gaúcho de Velocidade na Terra, com as categorias Turismo 1600 e Kart Cross. A disputa estadual possui um total de quatro etapas, mas, até agora, nenhuma foi realizada.
FGA criou protocolo para retomada
A Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) criou um protocolo para a retomada das competições de velocidade no Estado, mas, segundo o TAC, mesmo após 30 dias de quando a proposta havia sido enviada ao Governo Estadual, a FGA ainda não tinha recebido um retorno. “Assim como a Federação, nós também ficamos muito insatisfeitos com a postura do Governo Estadual, pois o Automobilismo é o segundo esporte que mais gera renda para o RS, ficamos atrás apenas do futebol profissional. Outro ponto que deixou a desejar é que, em vários estados do país, os campeonatos de velocidade já foram retomados, e usando os protocolos de distanciamento proposto pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), elaborado com base no protocolo proposto pela própria Federação Gaúcha”, afirmou o TAC.
TAC tem dificuldades
Atualmente, o TAC paga aluguel para utilização da sua sede, que está inserida no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Fogão Gaúcho. Devido à pandemia, sem arrecadações com os campeonatos e bilheteria, desde abril o clube não consegue arcar com esta dívida. Segundo a presidente do TAC, Fabiana Reinaldo, a partir da retomada das provas, será feita uma tentativa de acordo com os diretores do espaço e encontrar alguma solução para o problema financeiro. “A diretoria do TAC não tem culpa e jamais quis atrasar as contas. Mas, devido à pandemia, o clube está sem entrada de verbas desde março, quando ocorreu a primeira prova do ano”, afirmou Fabiana.
