Taquara 136 anos: Prefeita Sirlei avalia início do governo e avanços

Prefeita Sirlei Silveira comemora economia obtida

A prefeita de Taquara, Sirlei Silveira, esclareceu em entrevista ao Grupo Repercussão diversas iniciativas que estão em andamento ou que serão executadas no curto e médio prazo no município. Confira abaixo.

Repercussão – Quais ações foram aplicadas que devolveram o equilíbrio da gestão fiscal do município?
Sirlei – Quando assumi o desejo de concorrer e a insistência dos partidos, do deputado (Dalciso), o Jefferson Müller, as pessoas trabalhando para que eu dissesse sim, tínhamos uma vontade e um desejo de fazer mudanças em Taquara. Víamos pela realidade, eu oito anos como vereadora, presenciei, inclusive, oito anos destes, seis anos eu fiquei do lado do ex-prefeito e do governo, percebíamos que algumas coisas não se conduziam como gostaríamos. Se tu pega uma caneta na mão tu vai fazer exatamente aquilo que tu sugeria e não era feito. E uma das coisas que nós entramos e fizemos de pronto foi rever contrato e aluguéis. Percebíamos muito dinheiro colocado em aluguéis, muito dinheiro colocado em contratos que talvez, não fossem necessários. E não revemos todos ainda. Estamos revisando o contrato da coleta do lixo, planilhamos e vamos fazer uma nova licitação. Essa revisão foi para trazer recursos para os cofres públicos e nós trouxemos. Um contrato em uma tarde de negociação conseguimos mais de R$ 50 mil de economia, que voltaram para o dentro dos cofres. Isso é importante. E, quando você chama uma pessoa da seriedade do Jefferson Müller para assumir a secretária de Orçamento e Finanças, isso só tem a dar certo porque ele lida com o dinheiro como tem que ser trabalhado. O dinheiro de todos cuidado para todos.

Repercussão – Logo que assumiu você providenciou a redução de secretarias…
Sirlei – Reduzimos as secretarias de 13 para 11. Queríamos no início até reduzir mais, mas com o andar da carruagem, percebemos que precisaríamos ter uma Secretaria de Agricultura, por termos um interior do tamanho que temos, e acabamos ficando em 11.

Repercussão –Foi reduzida também as secretarias do interior?
Sirlei – Tínhamos seis Secretariais Distritais. Agora, nós temos duas tudo com o viés de economia e testamos e vimos que deu certo. Mesmo com a redução o interior continua sendo bem atendido

Repercussão – Quais ações procuraram desenvolver na área da saúde nestes primeiros meses de governo?
Sirlei – O Hospital Bom Jesus foi assumido pela nossa gestão, porque até então, os governos anteriores, isso foi dito pela própria Secretaria Estadual da Saúde de que antes, os governos anteriores diziam que não tinham um hospital. Mas, o HBJ é da cidade de Taquara e tem que ter um olhar muito próximo da Prefeitura sob quem está lá gerenciando. Temos conversado muito com quem está à frente do Hospital, o dr. Dirceu Dalmolin e a equipe do Vila Nova, queremos que o acolhimento do hospital melhore. O acolhimento pediátrico, o acolhimento para urgência e emergência para que não tenhamos reclamações. Para isso estamos fazendo um aporte financeiro maior e estamos construindo esses valores. A média mensal de repasse da Prefeitura de Taquara para o Hospital Bom Jesus é de R$ 366 mil e estamos querendo aportar mais R$ 70 mil.
Temos, agora, uma importante técnica na área da saúde regional, que é a dra. Simone do Amaral, ela voltou a ocupar o seu espaço de concursada, em Taquara, e ela está sendo a intermediadora com o Grupo Vila Nova, com o Dalmolin, com a equipe que está fazendo a gestão do Hospital. Eu estou muito otimista com essa construção. Temos que oferecer mais serviços, temos que capacitar mais pessoas para que o acolhimento seja 100% funcional e que não exista reclamações de quem vai procurar o atendimento pediátrico no hospital.

Repercussão – Alguma modificação estrutural no HBJ?
Sirlei – Queremos construir e oferecer outros serviços, mas não podemos fazer nada que não tenha subvenção. Também temos um limite de repasse mensal que podemos alcançar. Não adianta querermos assumir mais valores se não temos nem orçamento para isso. Mas, estou falando, aqui, de recurso, para poder aportar mais valores. Por isso, a importância do trabalho da dra. Simone que buscará subsídios do Governo Federal e Estadual para termos mais serviços dentro do HBJ.

Repercussão – As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são importantes para o atendimento inicial. O governo promoveu alguma modificação?
Sirlei – Temos dentro do nosso Pronto Atendimento 24 horas a Tenda Covid, que reorganizamos para atender pessoas com suspeita de dengue. Não temos muitos casos ainda, mas surgem suspeitas diariamente. Mas, também, colocamos mais médicos dentro das UBSs. Vamos aumentar o horário, em terça-feira, dentro das UBSs, para todos os trabalhadores que necessitam trocar uma receita ou fazer uma consulta, estendendo o horário até às 20 horas. Então, todas as terças, haverá atendimento nesses locais das 19 às 20 horas, e nas sextas, onde a procura é baixa, na parte da tarde, vamos compensar o horário dos profissionais que estarão trabalhando até às 20 horas nas terças. Será uma readequação nas escalas, pois muitas pessoas procuram assistência no Pronto Atendimento 24 horas para trocar receita e até no hospital, porque as UBSs depois que chegam em casa do trabalho, estão fechadas. Então, a comunidade terá esse atendimento em terças-feiras, porque estenderemos esse atendimento até mais tarde.

Repercussão – E as futuras intervenções do Complexo de Saúde?
Sirlei – Esse complexo de saúde iniciaremos a obra logo. Temos uma parceria com a RGE voltada para a área da eficiência energética . No Hospital Bom Jesus, isso está em andamento. A RGE vai instalar a usina solar no Complexo de Saúde e acreditamos que em 11 meses há um ano, estará concluso. Além disso, aumentamos a quantidade de exames à população, estamos buscando parcerias para terminar com uma demanda reprimida que temos de raio-x e isso é muito importante. Conveniamos com uma clínica de tomografia e estamos trabalhando para reduzir essa fila de espera tão grande para exames. Teremos ainda com o trabalho da dra. Simone e a secretária Mariane um convênio para cirurgias, pois temos uma fila reprimida e queremos comprar esse serviço. Serão cerca de R$ 800 mil investidos nessas cirurgias.

Repercussão – Quais foram as principais modificações e avanços na área da educação neste período?
Sirlei – Uma das maiores preocupações que tive ao assumir foi a fila reprimida na Educação Infantil. Existe uma demanda grande. Adquirimos uma casa no bairro Petrópolis, para colocar a Escola Vera Marks Iribarry, que funcionava em um prédio que não era muito adequado e pequeno. E, adquirimos também no bairro Cruzeiro uma casa onde inauguramos a Escola de Educação Infantil Professora Rosana Cardoso. Com isso, conseguimos tirar alunos que estão em outras escolas do município, mas que moram no bairro Cruzeiro. Então, a nossa fila de 2021 zerou. Temos novos alunos inscritos em 2022, mas vamos chamar ainda. Com isso, fizemos um chamamento bem importante com a abertura da escola de Educação Infantil do bairro Cruzeiro.
Outro avanço é a Escola Cívico Militar (ECIM), que participa do programa das Escolas Cívico Militar do Governo Federal, isso era um projeto do nosso governo de ter escola de turno integral. Queríamos fazer um projeto-piloto, então aproveitamos a aquisição do ‘Ricardinho’ para instalar a nossa ECIM, mas com objetivo de ser a nossa escola de turno integral. O aluno entra de manhã e sai às 16h30, almoça e faz as refeições dentro da escola e é atendido em oficinas. Temos oficina de música, coral, dança e jogos dentro do programa que busca atender o aluno o dia inteiro. Isso é algo que nos dá muito ânimo, pois é a realização de um projeto-piloto, mas que em 2023, podemos ter a segunda escola de turno integral. Assim, resolvemos o problema do aluno estar no turno da manhã na escola, e pela tarde, na rua. Resolvemos o problema da drogadição e vamos conseguir as crianças e jovens dentro do lugar que eles devem estar que é dentro da escola, sendo cuidados e com uma vida mais feliz para eles continuarem em um mundo correto e com uma formação de cidadãos de bem. Não há como resolvermos problemas de segurança e saúde, se não cuidarmos da educação. Povo educado cuida de si e cuida do outro. Vejo muito falar em mais efetivo policial e presídios. Temos que cuidar do jovem e da criança. Se cuidarmos deles não vamos precisar mais de efetivo policial ou presídios.
Temos também a compra da Helfen, que prestava serviço ao município. A dona da Helfen, a dra. Suzi, ela demonstrou que não tinha mais interesse em continuar com a escola. Adquirimos a escola, e agora, temos uma equipe nossa lá dentro. Temos lá a Escola Especial de Formação e temos um programa que cuida das crianças em dificuldades com profissionais da saúde. Temos psicopedagogos, psicólogos, fisioterapeutas, e temos um atendimento nosso e qualificado. Com isso, não precisamos mais comprar esse serviço, e agora, temos ele no município e oferecemos de uma forma gratuita para a comunidade.
Estamos ainda levando infraestrutura para as escolas que precisam. Temos ginásios sendo construído na Zeferino, na escola Antônio Martins Rangel, em Olhos D’Água e estamos iniciando um ginásio na Escola Dr. Alípio Alfredo Sperb, e estamos concluindo o ginásio da Dr. Lauro Hampe Müller e da Escola 17 de Abril. O que mais me alegra ao falar das escolas não é a estrutura física, mas é o que fizemos com a Lei de Gestão Financeira, que aportamos recursos para dentro das escolas e isso evita que professor tenha que vender meio-frango, vender rifa ou passar o ‘chapéu’ na comunidade pedindo dinheiro para as despesas da escola. Isso dá uma autonomia para as escolas. Temos ainda a aplicação de mais de R$ 2 milhões na biblioteca com livros. Eu entendo que a formação de crianças passa pelo incentivo da leitura. Se tivermos dentro da Educação Infantil e nas séries iniciais, livros que as crianças queiram mergulhar neles, teremos bons estudantes universitários e bons profissionais, pois é através da leitura que formamos bons profissionais e com competências. Temos ainda a compra e disponibilização de muitos brinquedos pedagógicos, pois com eles conseguimos também alfabetizar as crianças. Assim, fugimos do be a bá e da decoreba, temos que brincar e construir a aprendizagem dos estudantes. Além disso, temos alunos de inclusão e temos profissionais que vão para as escolas e proporcionam esse atendimento diferenciado.

Repercussão – Pretende melhorar a área de pavimentações na cidade?
Sirlei – As pavimentações estamos fazendo um teste com os nossos funcionários da Secretaria de Obras. Existe uma parte bem grande na frente da Secretaria de Obras que asfaltamos e o secretário me revelou que foram investidos R$ 27 mil para efetivar aquele asfalto. Eu vejo com isso a possibilidade de termos a nossa usina e fazermos o nosso próprio asfalto, mas eu sei que uma usina própria é cara. E, nós temos esse sonho de fazermos de alguma forma. Vamos fazer o recapeamento da ciclovia na Av. Sebastião Amoretti, pois está muito irregular e está esfarelada a pavimentação, prejudica as pessoas de caminharem e correrem. Estamos licitando o material e vamos fazer com nossa equipe para gastarmos bem menos. E isso está me animando. E nosso Programa de Pavimentação Comunitária (Propacom) que tem uma parceria entre a Prefeitura e os cidadãos, os munícipes contratam a mão de obra, o município dá a base e coloca tudo o que precisa, dá o pavimento (a pedra irregular ou o bloco de concreto). Sempre fizemos com a pedra irregular porque ela é mais barata. Mas, estamos pensando em mudar e colocar pavimento igual ao bairro Tito Eldorado, pois fica mais definitivo. Isso evita um novo aporte de recursos. Queremos fazer com a nossa mão de obra um pavimento com blocos de concreto entre o Atacado Certo e o Elwanger, que é um trajeto pequeno. Estamos fazendo experiência com a nossa mão de obra própria para ver até onde podemos ir, gerando economia e podermos colocar uma infraestrutura melhor na cidade.
Sobre a Tristão Monteiro temos recursos do Programa Avançar, do Governo Estadual, e vamos iniciar nessa rua. Mas, vamos aportar recursos para incluir no mesmo pacote a Marechal Floriano e a Federação. A Federação é importante pois traz o fluxo da RS-239 para o Centro, a Marechal Floriano traz da RS-020 para o Centro, e a Tristão Monteiro, traz o fluxo da RS-020 e da RS-115 para o Centro. E, ainda, vamos estruturar através do Avançar no Turismo, a ponte da Pinheiro Machado e tirar todos aqueles paralelepípedos irregulares, e vamos tirar, fazer uma cancha nova naquela entrada, pois ela é toda irregular, e vamos fazer ali a recolocação do pavimento e isso está na verba que está dentro do Programa Avançar no Turismo.

Repercussão – A parte de veículos pesados atende a atual necessidade?
Sirlei – Estamos adquirindo máquinas e retroescavadeiras e caminhões basculantes para a Secretaria de Obras, pois não temos investimento de equipamentos há muitos anos. Havia uma prática de aquisição de caminhões usados. E, adquirir equipamentos usados é investir dinheiro bom em algo que se desconhece. Pois, se isso já foi usado por alguém e foi substituído é porque não servia ao antigo dono. Porque nós vamos adquirir coisas usadas? Essa contratualização com o Badesul de R$ 5 milhões para investirmos em equipamentos é para comprarmos uma retroescavadeira para cada Secretaria Distrital, para termos condições de contarmos com caminhões que trabalham de janeiro a dezembro, sem ter que, mensalmente, colocarmos na oficina. Se passares pela oficina das obras nesse momento vai ver que tem retro, caminhão e tudo para ser consertado. E isso não se paga é déficit/prejuízo. Precisamos ter equipamentos novos e leiloar os velhos. Não podemos é ficar trabalhando com equipamentos velhos. E, vamos leiloar os equipamentos antigos. Fizemos um leilão de sucatas e com R$ 600 mil da venda desses itens, adquirimos dois caminhões novos. É necessário adquirir materiais bons, que desde 2010, não era adquirido em Taquara.

Repercussão – De que forma pretendem modernizar o sistema de iluminação pública?
Sirlei – Tivemos um aumento na CIP, que foi bastante criticado pela população, pois tínhamos uma CIP deficitária. Pagávamos para a RGE mais do que arrecadávamos. Agora, estamos arrecadando corretamente. Com isso, vamos fazer uma substituição nas lâmpadas incandescentes de sódio por LED. Isso vai gerar uma economia, pois onde se tem uma de sódio vai ser trocada por uma de LED, passaremos a gastar menos e iluminar mais os espaços públicos. Podemos ter isso como um investimento importante para em 2023, se dermos conta de substituir, reduzirmos a CIP que aumentamos. Assim, podemos construir essa redução. A substituição vai ser feita de forma gradativa. Agora, estamos licitando a compra das lâmpadas de LED. Fizemos um levantamento aéreo e registramos a Rua Ernesto Alves que será a primeira a receber as novas lâmpadas LED, pois ela é uma rua bem extensa e teremos uma ideia de como ficará a iluminação. Temos essa rua e a rua paralela que é a José Loureiro da Silva, que é uma transversal e essas serão as duas primeiras.

Repercussão – Alguma novidade sobre o restauro da Casa Vidal?
Sirlei – Temos uma captação importante de recursos para a Casa Vidal. São R$ 2.500.000,00 e temos um aporte de captação pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC), que é de R$ 1 milhão e está chegando para dar continuidade. Está em fase de licitação e será iniciado em breve.

Repercussão – Alguma ação de destaque na área do desenvolvimento econômico?
Sirlei – Diversas empresas receberam incentivos na nossa gestão, seja em terraplanagem, aterro, aluguel entre outros benefícios. Visitei uma empresa de móveis, de outro município do Paranhana, que deseja trocar de sede. Eles desejam um prédio, em Taquara, devido a nossa posição geográfica e estamos conseguindo atrair muitas empresas devido a nossa geografia abençoada. Por essa logística o empreendedor quer vir para Taquara. Eles fazem móveis para banheiros e nessa empresa, que é de outra cidade, eu encontrei mais de 10 funcionários taquarenses lá. Essa empresa pode atingir o potencial de até 110 empregos se migrar para Taquara. Estamos atraindo empresas e estamos procurando alternativas. A região vive um boom do setor calçadista, a Beira Rio acertou com duas pequenas empresas terceirizadas, uma na Fazenda Fialho e outro atelier no bairro Empresa para aumentar a produção e gerar mais emprego e renda para Taquara, que é o que queremos. Conseguimos aperfeiçoar a liberação de alvarás, que antes, levavam quase 200 dias para ser liberado, agora, estamos liberando em 12 horas. Fizemos uma otimização de trabalho e mudamos essa realidade.

Essa forma de fazer governo que estamos estabelecendo em Taquara trouxe a municipalidade para dentro da Prefeitura. Não tem um dia que não apareça um cidadão taquarense querendo ajudar. Temos recebido pessoas pagando o seu IPTU e mandando recado para a prefeita de que estão pagando com orgulho porque, agora, estão vendo para onde o dinheiro está indo. Isso dá um ânimo enorme para trabalharmos. Antes de pensar em agradar a terceiros eu preciso me agradar fazendo um trabalho que eu sempre acreditei que é um trabalho, justo, correto, transparente e poder dormir um sono bem bom. Isso é o que tenho feito com a parceria de todos, porque sozinho, ninguém faz nada. Os taquarenses perceberão ao final do nosso governo a Taquara que eles vão receber de volta.