RS-239 de chão em Riozinho: asfalto alavancaria o turismo

Trecho que divide Riozinho e Maquiné, da RS-239, é de chão batido e pedregulhos (Fotos Melissa Costa)

Riozinho – O município de Riozinho projeta crescimento quando o assunto é turismo. Projeta investir, orientar e fomentar o segmento com suas belezas naturais, assim como incentivar os segmentos no setor. No entanto, há um longo caminho a trilhar.

Uma das dificuldades em alavancar o turismo é referente aos acessos. A cidade possui um trecho da RS-239 de 35km de estrada de chão batido, que inicia logo após o centro e segue até a divisa com o município de Maquiné. O estado da estrada, que é de responsabilidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), é crítico. Para que seja possível transitar, a Prefeitura tem investido na manutenção. Assim como os demais trechos da rodovia no município e na região, se houvesse o asfaltamento em Riozinho, ele traria avanços.
O vice-prefeito Guilherme Wilborn pontua o quanto seria importante para Riozinho ter os 35km de chão batido transformados em pavimentação. “Hoje, na verdade, Riozinho é uma cidade final de linha, no Vale do Paranhana. Se tu pegar a situação que temos, a ligação a Maquiné, além de desafogar a ERS-474, que vai ao sentido litoral, nós também teríamos um crescimento econômico em relação tanto nas cidades de Rolante e Riozinho, quanto Maquiné. Teríamos um fluxo melhor nesse período, podendo, inclusive, alavancar turismo. Teríamos uma rota de passagem ao litoral, então, muda muito. Riozinho iria se tornar outra cidade”

EGR sinalizou 4km de asfalto

O vice-prefeito conta que está se movimentado para conseguir articular mudanças no trecho precário da 239. “Estamos pleiteando, junto à EGR, de que o pedágio de Campo Bom aumente essa concessão e, enquanto isso, se asfalte aqui ao mesmo tempo. Imagina, no verão, quando a 474 está lotada, quem vai a Capão da Canoa, economizaria mais de 30km usando a rota por Riozinho”. Guilherme conta que a EGR já sinalizou um possível aumento de 4km de asfaltamento, que seria até a sociedade, no km 040. O secretário de Turismo, Émerson Barnart, diz que este início já ajudaria. “Vai fazer toda a diferença para iniciar o turismo, pois, no meu ponto de vista, o turismo nunca foi explorado no município. Não desenvolveram rotas e não mostraram nosso potencial. Nessa região, as pessoas têm renda, potencial, e ali tem acesso mais rápido à cascata do Chuvisqueiro. Vai ajudar muito”. A EGR não retornou os contatos da redação.

POUCOS LUGARES NO PAÍS

Émerson destaca que esta “é uma rodovia estadual intitulada como Rota Natur, sonho de muitas campanhas de deputados e prefeitos. Esse trecho pode mudar a história da região, é um caminho com potencial gigantesco, com acessos a cachoeiras, águas cristalinas e mirantes naturais, com vegetação exuberante. Por se tratar de uma rodovia estadual, a responsabilidade de manutenção e melhorias não deveria cair sobre o município, visto que possui pedágio na RS e empresas responsáveis pela via. São poucos lugares do país como o nosso, que além de englobar Ecoturismo, Turismo Rural e Aventura, em poucos quilômetros ainda ter acesso ao litoral. Então, pedimos amparo aos entes federais e estaduais, e ao Ministério do Turismo que voltem o olhar para nossa região e nos ajudem a fazer a diferença, pois perto da natureza a gente é mais feliz”.

O que eles dizem

Émerson Barnart, secretário. “Pedimos amparo aos entes federais e estaduais e ao Ministério do Turismo para que voltem o olhar para a nossa região e nos ajudem a fazer a diferença”.

Guilherme Wilborn, vice-prefeito. “Teríamos um fluxo melhor nesse período, podendo, inclusive, alavancar o turismo. Teríamos uma rota de passagem ao litoral, então, muda muito. Riozinho iria se tornar outra cidade”.