Roupas usadas viram cobertas para quem mais precisa em Riozinho

Não tem tempo ruim: voluntárias costurando as cobertas (Foto: Melissa Costa)

Riozinho – Elas transformam roupas usadas, que não estão mais em condições de serem doadas, em cobertas quentinhas para quem mais precisa em Riozinho. Há cerca de dois meses, foi criado o grupo “Colcha de Retalho”, idealizado pela Secretaria de Assistência Social em parceria com voluntárias do município. Sob orientações de Carla do Amaral, que faz parte do Grupo do Retalho de Rolante, as voluntárias dedicam tempo, habilidade e, acima de tudo, o amor ao próximo. Os encontros são semanais, todas as segundas-feiras, das 13h30 às 16h, no Centro do Idoso.

A secretária de Assistência Social, Liamara Pretto, destaca o quanto está orgulhosa de ter conseguido colocar o projeto em prática. “Quando assumimos a gestão, passei a observar que havia muita roupa acumulada, que não estava mais em condições de uso. De imediato, me veio a ideia de criar esse projeto, de reaproveitar os tecidos e conseguir transformá-los em doações quentinhas para quem mais está precisando, ainda mais cobertas, neste período de inverno”, conta ela, lembrando que há muitas famílias em vulnerabilidade social que necessitam de apoio e doações. “As vezes, temos mães com mais crianças e poucas cobertas. Então, é nossa maneira de contribuir de uma forma a mais, além de todo apoio que já viemos prestando, com roupas, alimentos e demais doações às famílias”. Com o projeto criado, Liamara convidou algumas voluntárias para abraçarem a causa. “E elas aceitaram o convite; estou feliz demais”. O grupo está aberto para quem mais quiser se unir à causa e ajudar quem mais necessita.

Muita roupa acumulada e cada vez chegando mais doações para as famílias que necessitam

Grupo mostra cobertas prontas para doação (Foto: Melissa Costa)

A secretária de Assistência Social conta que a demanda de peças doadas era grande e lotava os espaços dedicados às doações da comunidade. “Tinha muita coisa. Então, fizemos uma seleção. As peças que estão em condições, direcionamos para a doação e as que não estão mais boas para serem usadas, separamos para fazer as cobertas; foi a forma justa que encontramos de resolver a situação”, explica a secretária. “Já temos um bom resultado e, em breve, as primeiras cobertas já serão entregues às famílias. Além disso, também estamos recebendo doação de cobertas da comunidade; a impressão é que não há os que precisam, mas há sim”.

Repercussão positiva de toda a comunidade

Após a formação do grupo, iniciaram os encontros semanais e, aos poucos, a comunidade ficou sabendo do movimento e o resultado surpreendeu, tamanha as manifestações de carinho e incentivo às voluntárias. “Graças a essas meninas, estou conseguindo realizar esse projeto, cuja ideia já nasceu no início do ano. Me emociono quando falo deste trabalho, porque a gente sente o quanto amor tem nele, o quanto de amor que cada uma oferece”, disse a secretária. Por enquanto, além dos tecidos, há um estoque dos demais materiais, que era utilizados em cursos. “Temos alguns rolos de tecidos e, por enquanto, vamos usar tudo que tem”. Uma das máquinas usadas foi cedida pelo vereador Joir Paulo da Silva.

O que elas dizem sobre o projeto

Liamara Pretto, secretária de Assistência Social. “A sensação é muito boa, de um objetivo alcançado. É uma novidade para mim a assistência social, estou muito feliz, esse projeto tive a ideia de por em prática desde que vi o tanto de roupa parada que havia nas prateleiras. Também agradeço a ajuda de todas as voluntárias”.

Jurema Maria Scheffer, 75 anos, voluntária. “Eu já havia trabalhado com assistência social e fiquei muito feliz com o convite da primeira-dama. O pouquinho que a gente ajuda já é gratificante para mim, poder contribuir de alguma forma para ajudar as pessoas, a fazer o bem para o próximo”.