Rolante – Com a crescente fila de espera, agravada durante a pandemia do coronavírus, por consultas e exames com referência na região e cujos custeios deveriam ser do Estado, a Prefeitura de Rolante decidiu por custear determinadas consultas e exames.
Na sexta-feira, o prefeito Pedro Rippel e o secretário de Saúde, Ricardo Gonçalves, assinaram o contrato da compra de exames de endoscopia e colonoscopia com diretor e presidente da Fundação Hospitalar Rolante (FHR), Paulo Borges e Marcos Georg, respectivamente. A fundação venceu a licitação para prestar o serviço, cujos exames serão feitos dentro do hospital de Rolante. O agendamento dos pacientes deve começar nos próximos dias. Conforme informações da Secretaria de Saúde, atualmente, a fila de espera é de 229 pacientes para a endoscopia e 78 para colonoscopia. Somente neste ano, foram solicitadas 102 endoscopias no município. O Estado está liberando apenas quatro exames por mês de colonoscopia e 12 de endoscopia. Estes são exames de alta e média complexidade e a Prefeitura está investindo cerca de R$ 100 mil. “A demanda é gigantesca. Abrimos licitação e quem ganhou foi o hospital de Rolante e, com isso, os exames serão feitos dentro do município. Vamos iniciar eles nos próximos dias”, conta o secretário Ricardo.
A cada 15 dias, neurologista atende pacientes em um espaço da Secretaria de Saúde
Há cerca de um mês, o município também está custeando consultas com neurologista. A Prefeitura contratou um especialista que vem ao município a cada 15 dias e realiza as consultas junto da Secretaria de Saúde. “São 20 consultas por mês e isso está ajudando a desafogar a fila de espera, que também é muito grande para adultos e crianças. Nossa referência nessa especialidade é Canoas e, através do Estado, só conseguíamos duas por mês, o que chega a ser desumano. Pensando nisso, decidimos por investir e, assim, os pacientes conseguem consultar com mais agilidade”, conta o secretário de Saúde, Ricardo Gonçalves.
“VONTADE DE RESOLVER”
O prefeito Pedro Rippel reitera que a saúde é uma das prioridades da sua Administração e, mesmo as especialidades sendo de competência do Estado, o município não pode apenas virar as costas. “É obrigação do Estado, mas a demanda está muito grande e eles não conseguem atender. Nós estamos investindo para reduzir a fila de espera, pois há uma demanda reprimida muito grande. Temos vontade de resolver com as pessoas que estão no aguardo há muito tempo, tivemos, inclusive, reunião em Canoas, referência em neurologia e conseguimos abrir um pouco a janela”, conta. O custeio de consultas foi também uma forma de agilizar os atendimentos. “Quem está do nosso lado é nosso povo, seria fácil dizer que é obrigação do Estado e virar as costas, mas não é assim que a gente faz, não dessa forma. Nós temos que nos dar as mãos e ajudar da melhor forma para que as coisas funcionem. Pregamos isso, saúde sempre foi prioridade na gestão e continuará sendo”.