Riozinho 34 anos: As contribuições de Waldomiro de Paula Borges para Riozinho

Foto: Júnior Ribeiro

Ele já trabalhou no famoso Café Central de Taquara, em um hotel no litoral norte, na rodoviária de Novo Hamburgo, foi ecônomo e desempenhou outras inúmeras funções durante os seus 95 anos, mas é em Riozinho que tem suas raízes firmadas e entre idas e vindas, já são mais de 45 anos morando na cidade.
Waldomiro de Paula Borges é um dos moradores que representa a essência de Riozinho e que retrata, sobretudo, uma história de dedicação para com a comunidade em que ele se orgulha de ter nascido. “Sou natural de Riozinho, a 12 quilômetros de distância daqui, na região da Serra”, reforça.
Como o município está completando 34 anos, seu Waldomiro foi testemunha do processo de emancipação, acompanhou a criação da cidade e, em função do tempo, viu algumas lembranças se perderem. No entanto, o que está vivo em sua memória é o período em que pôde contribuir com o hospital de Riozinho, sendo presidente da instituição durante sete anos. Em outros quatro, esteve à frente da Escola Estadual de Ensino Médio João Alfredo e dois anos na sociedade do km-50, localidade da qual é natural.
O asfalto da RS-239 entre Riozinho e Maquiné, também é um aspecto lembrado por Borges, que lamenta ainda não ter visto a obra ter andamento. Contudo, destaca que foi informado recentemente por seu filho de que há um trabalho sendo realizado pela administração na busca de recursos para tirar o sonho do papel. “Ontem meu filho me falou que existe um projeto sobre essa estrada, tomara que consigam fazer”, disse.
Os trabalhos da administração no que diz respeito ao asfalto é intenso, sendo pauta de reuniões do município com o Estado e em Brasília.
No final de 2021, no Lançamento da Operação Verão 2022, o prefeito Marquinhos Pretto, ao lado do vice-prefeito Guilherme Wilborn, ex-presidente da Câmara de Vereadores de Riozinho, Joir da Silva, e do ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gabriel Souza, participou da assinatura de convênios rodoviários do Governo do Estado com Capão da Canoa, Maquiné e Riozinho, em que foi firmado o acordo de asfaltamento de mais 1,5 km da RS-239, ampliando o perímetro urbano do município.

Momentos marcantes

Uma das passagens ainda vivas na memória destes quase 100 anos de história é o período em que ele foi presidente do hospital. Embora não lembre exatamente do ano, seu Waldomiro destaca um momento que ficou marcado e foi decisivo para o hospital não fechar. “Em Três Coroas, tinha duas irmãs da Congregação Filhas de São Camilo. Fui até elas e manifestei o meu pedido para que elas administrassem o hospital. Antes de vim embora, elas disseram que a minha mensagem iria para São Paulo e se tivesse fundamento para a chefe delas, em 30 dias teria uma pessoa aqui conversando comigo. Em pouco mais de 20 dias, tinha uma irmã emissária aqui conversando comigo. A madre da Itália veio duas vezes falar comigo. Após passar pela diretoria, passou pelo conselho, convoquei uma reunião no Salão Paroquial sendo aprovado. Se não fosse as Filhas de São Camilo, não teria hospital na cidade”, cita.
No município, a congregação administra a casa de saúde há quase 35 anos. Em 2012, quando a entidade completou bodas de prata no município, Borges foi homenageado pelos serviços prestados ao Hospital Nossa Senhora do Rosário e guarda a placa recebida (foto acima) até os dias de hoje.
Outro momento lembrado pelo riozinhense é o fato de ele ter contribuído para levar a energia elétrica para a comunidade do km-45. “Essa questão estava parada na localidade. Como nós tínhamos um sítio, em um certo dia fomos na missa e disseram que queriam que eu concluísse os trâmites para levar luz para lá. Eu disse que nem chovendo para cima. Que não faria”, lembra. “Quando acabou a missa, fomos para a nossa casa que ficava a dois quilômetros. Aí a minha esposa, que nunca gostou que eu fosse presidente, me perguntou se eu não iria assumir. Eu insisti, dizendo que não. Mas como eu creio no Pai Eterno, ele mandou eu perguntar para ela sobre o porquê ela havia me questionado sobre o assunto. Peguntei. Ela me respondeu que se eu tomasse frente desse negócio, ela sabia que sairia do papel. Peguei e levei até onde era para levar. Deram muitos problemas, mas aconteceu”, complementa seu Waldomiro.