Região – Com duas mortes por meningite registradas em 2023, a região está em alerta contra a doença. Considerando o mesmo período, o número de infecções é menor em relação a 2022. A doença, que atinge principalmente crianças menores de cinco anos, pode ser viral, bacteriana ou fúngica e afeta as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
As duas mortes por meningite fúngica registradas até o momento, na área de cobertura do Grupo Repercussão, foram em Parobé. A mais recente, a jovem Paloma Correia de Oliveira, 18 anos, foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde ao Estado na segunda-feira (31).
Conforme o médico pediatra Renato Fagondes, em crianças e adultos a doença se manifesta da mesma forma. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, vômitos e irritabilidade. “Não são só esses sintomas isolados, é preciso constatar outras coisas também”, explica.
A prevenção contra a doença é feita através da vacinação. Os municípios ofertam através do SUS os imunizantes preconizados pelo Ministério da Saúde para crianças e adolescentes. A faixa etária inicia nos três meses de idade e vai até os 14 anos, a depender da situação vacinal.
Calendário vacinal
O médico especialista destaca a importância dos pais levarem os filhos até o posto de saúde para completar o calendário vacinal. “As vacinas são muito importantes e a maioria delas estão disponíveis nas unidades de saúde. Das doenças infecciosas, essa é a forma concreta de prevenir. É inconcebível que pais não levem os filhos e adultos não se vacinem”. O aumento de casos, diz, não tem uma explicação clara.
Com um caso de meningite em 2023, Campo Bom disponibiliza a vacina Meningo C em todas as UBSs que contam salas de vacina. O público-alvo são as recém-nascidos de três meses a cinco meses, um ano e os adolescentes de 11 a 12 anos recebem o reforço da vacina ACWY. É importante comparecer ao posto de saúde com a carteirinha de vacinação. Os adultos devem procurar a vacina na rede particular.
Formas de transmissão
A forma de infecção mais frequente é pelas vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e garganta. A transmissão também pode acontecer através de alimentos. No caso da meningite fúngica, onde não há transmissão de pessoa para pessoa, são inalados esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges.