Região ganha 126 empregos formais em agosto, mas acumula 5.082 perdas no ano

Cada vez mais movimentadas, ruas são termômetro da retomada da economia Foto: Matheus de Oliveira

Região – A região voltou a apresentar sinal de alívio no mercado de trabalho após a pandemia provocar a destruição de empregos. Em agosto, o Vale do Paranhana abriu 126 vagas formais, conforme dados divulgados recentemente pelo Ministério da Economia. Apesar da melhora ser tímida, é o segundo mês de saldo positivo na criação de postos de trabalho após quatro meses de números negativos.

 

A despeito do suspiro, o Paranhana ainda está longe de espantar os maus efeitos do coronavírus. Prova disso é que, no acumulado do ano, a região amarga a perda de 5.082 empregos formais, quantia superior à população de Riozinho (4.676 habitantes). Em números absolutos, a cidade que mais teve trabalhadores demitidos no saldo total desde janeiro foi Três Coroas, que acumula 1.519 perdas. Na outra ponta está Riozinho, que amargou 298 vagas fechadas no mesmo período.

 

O movimento regional pega carona no desempenho estadual. Em agosto, o Rio Grande do Sul abriu 7.228 vagas – também o segundo mês de saldo positivo na criação de postos de trabalho. Os resultados são a diferença entre o número de contratações e demissões registradas no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Rolante segue no negativo

O município foi o único em que houve mais demissões do que contratações desde março no registro do Caged. O último saldo positivo foi em fevereiro. No acumulado do ano, foram 909 empregos formais fechados até agosto. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Evandro Lembi, avalia que a queda ainda é resultado da pandemia.

“Agora já teve uma retomada, todos os setores estão bombando. Construção civil, comércio e o calçado, que também está com bastante pedidos”, contextualiza. O secretário cita que as fábricas operam em regime de serão e passam pelos desafios de entregar pedidos com prazos apertados e também há falta de matéria prima. “Vamos esperar pra ver como vai ser setembro. O reflexo de agosto ainda tem relação com a pandemia”, conclui.

Principal contribuição positiva no índice vem da força das indústrias

Os dados do Ministério da Economia detalham o desempenho por setores. Tanto no estado quando na região, a principal contribuição positiva em agosto veio da indústria, que abriu 76 vagas com carteira assinada no Paranhana.

No Rio Grande do Sul, foram 3.586 empregos gerados na indústria. O comércio aparece na sequência, com 2.203. Em terceiro, com 1.221, está a construção civil e por último, a agropecuária, com 296 vagas formais. Dos cinco setores pesquisados, o único que ficou no vermelho no RS foi o de serviços. Houve fechamento de 58 empregos no ramo.

No recorte nacional, a indústria também puxou os índices para o lado positivo: foram 92.893 contratações. O segundo ramo que mais empregou foi o da construção civil, que abriu 50.489 vagas. Em seguida está o comércio, com a criação de 49.408 vagas formais. Diferente da realidade observada em território gaúcho, o setor de serviços cresceu: 45.412 empregos com carteira assinada foram registrados no mês. Considerando todos os setores, o País teve saldo de 249 mil novos empregos em agosto