Estado – O ensino através da internet será a principal ferramenta na retomada das aulas da rede pública e particular de ensino do Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite anunciou na tarde desta quarta-feira (27) que a partir do dia 1º de junho escolas deverão adotar o modelo de ensino remoto. Pais ou responsáveis que não tenham acesso à internet poderão retirar presencialmente os materiais.
Já o ensino superior e cursos profissionalizantes poderão ter encontros presenciais a partir do dia 15 de junho, desde que sejam atividades práticas essenciais para conclusão de cursos, pesquisa, estágio curricular obrigatório e atividades em laboratório. As outras etapas de retorno presencial serão adequadas de acordo com o avanço do coronavírus no estado. A estimativa mais otimista do governo prevê que todos os níveis da rede pública e particular voltem às salas de aula apenas em agosto. “Em síntese, temos um cenário no RS em que estamos voltando cursos livres e cursos que precisam de atividades presenciais, a partir do dia 15 de junho. Rede pública: retorna somente por ensino remoto, e é a determinação também para rede privada seguir”, avaliou Leite.
O governador reconheceu a dificuldade enfrentada por muitos alunos da rede pública e disse que “A gente sabe que há desafios no ensino à distância, no ensino remoto, inclusive com a disponibilidade da rede de dados (aos alunos). Melhor assim do que deixarmos de ter qualquer aprendizagem”, frisou.
Modelo remoto impõe desafio ao setor público
Em sua apresentação, Eduardo Leite reconheceu a dificuldade do modelo híbrido de retomada do ensino. Entre os entraves, Leite citou a necessidade de conectividade, a garantia de que professores e principalmente alunos tenham dispositivos; a criação de ambientes digitais de aprendizagem; a capacitação dos professores para trabalhar de forma virtual; o desenvolvimento de currículos específicos e adaptados à nova realidade.