“Quem mora na biblioteca da escola?” Igrejinhenses em Dubai pela educação

Foto: Arquivo pessoal

Por Weslei Fillmann

O ensino público de Igrejinha segue sendo exemplo para a região do Paranhana. A professora Juliana Mundstock e as alunas Nicole Rech e Djenifer Engel, que em 2018 realizaram um projeto literário na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Darcy Rheinheimer, estão em Dubai participando da MILSET Expo-Sciences Asia 2022.

 

Mas o que é o projeto das jovens igrejinhenses? Nele, os alunos do nono ano iam até a biblioteca e pesquisavam livros e temas de interesse próprio. Depois da leitura, esses alunos realizavam intervenções literárias com as turmas do 6° ao 8° ano da escola, fantasiados e fazendo propaganda dos livros estudados. Não havia horário marcado, era sempre surpresa. De acordo com a professora Juliana, os maiores beneficiados eram os próprios alunos do 9° ano, que estudavam profundamente cada obra. Além de Nicole e Djenifer, participaram do projeto as alunas Estela e Letícia Lenkner e a Duane Faiffer, com a co-orientação da professora Gizele Oliveira.

Para medir os resultados obtidos pelas intervenções literárias, era feito um balanço de quantas cópias eram retiradas das bibliotecas de determinadas obras. Caixas temáticas, com histórias sobre mitologia, guerras e mangás estavam separadas na biblioteca para quem tivesse interesse.

A professora Juliana ressaltou que nenhum custo foi necessário, apenas dedicação e tempo das alunas, que se dedicaram por um ano inteiro para esse projeto. As integrantes da comitiva brasileira permanecem no país árabe até 25 de fevereiro, quando retornam para o Brasil.

Alcance do projeto impressiona

Todo o trabalho foi realizado apenas com materiais já existentes na escola, sem a necessidade de valores serem investidos. Em 2018, o projeto ganhou o primeiro lugar na MostraTech, em Novo Hamburgo. Com isso, se classificaram para participar, em 2019, de uma feira em Recife, onde se credenciaram para Dubai.

Dedicação é o que resume esse trabalho, ao qual Juliana credita totalmente às alunas. “A gente pensa que a metodologia do projeto científico é colocar o aluno como protagonista e na frente daquilo que ele quer. Houve muito impulso das professoras, que faziam várias sugestões. Ao chegarmos em Dubai, percebemos que elas têm asas para voarem para onde quiserem“.