Projeto de horta comunitária promove integração da comunidade em Igrejinha

Plantio e colheita são realizados pelos moradores junto com os agentes de saúde e a nutricionista Marília Fotos: Lilian Moraes

Idealizado em 2017 pelo agente de saúde e morador de Igrejinha, Douglas Percoski, e sua esposa Luila de Moraes, um projeto de horta comunitária rende bons frutos para a comunidade do bairro Figueira. Não só pelo ato de cultivar inúmeras variedades de legumes, plantas frutíferas e chás, mas também pela troca de experiências e benefícios que a socialização entre a comunidade pode oferecer.
Criada e desenvolvida após a identificação de uma dificuldade da população em aderir a uma alimentação mais saudável, a horta da UBS Pedro Ivan Sparremberger é conservada pelos moradores do bairro, os quais também aproveitam o que é plantado no local, pois volta para a comunidade conforme as colheitas. Além disso, encontros são realizados com a presença da nutricionista Marília Kelen, que orienta, apresenta e estimula a população a conhecer os mais variados tipos de alimentos que podem ser consumidos e, por vezes, passam despercebidos. As reuniões acontecem em segundas e quartas-feiras, das 14h às 15h, e nas sextas-feiras, às 10h. Conforme a secretária de Saúde de Igrejinha, Simone do Amaral, interessados em participar do projeto só precisam ir até a UBS no dia e horário de encontro.

Quem vive a ideia

Simone do Amaral, secretária de Saúde. “Foi um desenvolver inclusive de civilidade. Hoje muitos levam mudas, partilham, tem dias que as pessoas distribuem aquilo que tem. Mais pessoas vem ajudar. Têm sido muito legal e se tornou um modelo de cooperação muito interessante.”

Douglas Percoski, agente de saúde. “Tivemos a ideia de começar a horta com o intuito de aproximar os pacientes da UBS, oferecendo um espaço para plantio, possibilitando que eles levem um alimento para casa e servindo como uma terapia também.”

Marília Kelen, nutricionista do município. “Temos uma ideia de preparar uns palet’s e deixar no pátio da UBS, com mudas disponíveis para a troca. Assim, os pacientes que fazem uso da unidade de saúde e não participam do projeto também podem fazer trocas.”

Ana Cristina, participante do projeto.”Eu trabalhava na escola do lado e sempre via as pessoas participando. Quando me aposentei, já fui ali me informar, porque eu gosto muito de mexer na terra e a horta é maravilhosa, pois a gente mesmo planta e colhe. Além de a gente fazer amizade. Eu amo.”

SECRETÁRIA RELEMBRA MOMENTO

Ao comentar sobre a horta, Simone também compartilha uma experiência que vivenciou em um dos momentos que visitou o local. ”Um dia foi muito interessante. Eu estive lá no local e os participantes do projeto fizeram um suco com os produtos da horta para distribuir na sala de espera, enquanto os pacientes estavam aguardando. Justamente para dizer que é possível, em um espaço pequeno, tu produzir e fazer a disseminação da informação”, enfatiza. “Então, ela tem um conteúdo também de integração das pessoas, porque a horta promove isso e, além de tudo, me parece que é uma atividade de saúde mental”, pontua. O que é reforçado pela nutricionista Marília. “A gente teve até uma paciente que saiu da depressão por meio deste projeto”, afirma.

Cultivo variado