Programa Ninguém na Rua está em fase de implementação em Taquara

Apresentação do programa ocorreu no gabinete da prefeita. Foto: Magda Rabie

Taquara – Seguindo as premissas de que a dignidade da vida humana deve ser um dos pontos fundamentais de qualquer política pública e que as necessidades básicas do indivíduo, tal como emprego, moradia, recreação e o sentimento de pertencimento ao lugar em que vive são os instrumentos balizadores de tal dignidade, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação, preocupada com as pessoas em situação de rua, iniciou a construção de uma rede de apoio com as secretarias de Saúde e de Educação, Cultura e Esportes. O programa “Ninguém na Rua” está em fase de implementação.

“O termo “situação de rua” é o entendimento de que a pessoa está passando por um momento de dificuldade, mas que pode e deve ser modificado o mais breve possível. Com o programa vamos buscar um caminho que possa devolver a dignidade destes cidadãos para impedir que passem a se utilizar da violência e dos delitos para se manterem vivos. Neste momento, o departamento de Cadastro Único está fazendo a atualização dos moradores de rua e recreadores do CRAS trabalham técnicas de abordagem para se aproximar deles como uma espécie de “censo”, para conhecermos melhor este público”, salienta o secretário de Desenvolvimento Social e Habitação, Maurício Souza da Rosa.

A questão dos moradores de rua é uma preocupação da prefeita Sirlei Silveira desde a época em que estava vereadora. “Nos últimos anos, e principalmente desde o início da pandemia, assistimos a população em situação de rua aumentar. Isto significa que são pessoas que estão passando por um momento de dificuldades, algumas acabam se envolvendo com alcoolismo e drogadição, mas, em todos os casos, precisam ser acolhidas e encaminhadas para suas famílias e cidades de origem”, destaca Sirlei. O programa foi apresentado na semana passada, à prefeita Sirlei, à secretária de Educação, Cultura e Esportes, Carla Silveira, à secretária de Saúde, Ana Maria Rodrigues, ao diretor técnico da Saúde, Alex Alves, e à coordenadora do Caps, Loreni Spirlandelli.

De acordo com o secretário Maurício o objetivo é trabalhar com políticas públicas que possam trazer mais independências aos moradores de rua. Para que isso ocorra, eles serão estimulados a integrarem a rede de Assistência Social. “A porta de entrada será o Albergue, a partir daí, através de avaliações dos técnicos do CREAS, haverá encaminhamentos para o CAPS e/ou CAPS-AD. Os profissionais da Saúde se comunicarão continuamente com nossa equipe do CREAS, e, tão logo as pessoas em situação de rua apresentem condições, serão encaminhadas para cursos de qualificação, profissionalização e reinserção ao mercado de trabalho”, menciona.

Maurício reitera que a iniciativa somente será possível se houver parcerias governamentais e da própria iniciativa privada. “São várias etapas e vários são aqueles que precisarão se envolver para que tenhamos efetivamente êxito em nosso programa. Certo é que essa problemática não se resolverá da noite para o dia, porém, hoje estamos começando uma política pública que olha para as pessoas em situação de rua com respeito, carinho e atenção que elas merecem”, afirma o secretário.