Professor de Taquara vive sonho do pós-doutorado em conceituada universidade da Espanha

Rafael Hofmeister de Aguiar durante mediação em universidade espanhola Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Prestes a iniciar mais um ano letivo, a história de Rafael Hofmeister de Aguiar chega para inspirar e motivar alunos da região. Natural de Taquara, o agora professor da Cátedra José Saramago da Faculdade de Filoloxía e tradución da Universidade de Vigo da Espanha, foi aluno da rede municipal de ensino taquarense e superou dificuldades até descobrir o amor pela pesquisa.
Conforme Aguiar, o seu envolvimento com o mundo da pesquisa começou em 2003. “Naquele momento eu era monitor na disciplina literária e fui convidado pela professora Dinorá Moraes para ser bolsista dela, em uma pesquisa em linguística. Trabalhei um ano nessa pesquisa, mas devido o meu interesse maior ser pela literatura, acabei saindo da pesquisa”, comenta.
No entanto, no decorrer do anos, Aguiar foi realizando pesquisas nos períodos de mestrado e doutorado e em 2019 recebeu o convite para o pós doutorado, além de participar de um dos maiores eventos do mundo sobre a obra do autor português José Saramago.
O professor conta como surgiu o convite para a qualificação. “Surgiu a partir da minha defesa de doutorado, eu me aproximei da professora Ria Lemaire e após a própria defesa ela veio conversar comigo, que seria interessante eu vir a Vigo fazer um pós-doutorado, aí passado uns e meses da minha defesa ela me indicou que eu escrevesse para o professor Burghard Baltrusch e eu escrevi para ele, que é o diretor da I Cárter Internacional José Saramago”, explica.
Para Aguiar, a oportunidade do pós-doutorado é de grande avanço não só profissional como pessoal. “Estou trabalhando em uma conceituada universidade da Galícia na Espanha e tenho tido a oportunidade de conviver com grandes especialistas na literatura medieval como o professor Xosé Bieito Arias Freixedo”, comenta.

“Objetivo é voltar ao Brasil para continuar na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade”
diz o professor

Ao ser questionado sobre sua volta ao Brasil, o professor foi enfático. “Pretendo sim voltar ao Brasil, porque é uma condição do meu afastamento, é ficar esse um ano afastado e voltar ao Brasil, voltar a dar aulas e fazer pesquisa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Não me passa pela cabeça ficar na Europa ao menos nesse momento, claro, se no futuro houver um convite de uma Universidade da Europa, pensaria no assunto, não digo que não ficaria pela Europa então”, comenta.