Professor da rede municipal de Taquara terá contos publicados em três livros

Luiz começou a utilizar a máquina de escrever aos 15 anos. Hoje, aos 56, ainda faz uso para “fugir” do computador. Foto: Arquivo/Luiz Haiml

Taquara – Ficar em casa durante a pandemia se tornou sinônimo de tédio para muitas pessoas. Para outras, serviu como incentivo a tirar projetos antigos do papel – ou continuá-los através do papel. É o caso do professor de Língua Portuguesa Luiz Haiml, de 56 anos, que usou do isolamento para retomar a escrita de seus textos de ficção. Titular na rede municipal de Taquara, o professor emplacou dois contos em coletâneas que serão publicadas nas próximas semanas.

 

“Eu já estava há um ano e pouco afastado da ficção. No meu caso, a ficção exige muita leitura, pesquisa, entrega, e com a pandemia comecei a escrever de novo, pegar trabalhos antigos que tinha”, relata. Neste meio tempo surgiram coletâneas em que as obras se encaixavam e o professor foi selecionado a participar em três livros: no ‘O amor que a vida traz’, da editora Psiu, com o conto ‘Amor, sublime amor’; no livro ‘Meu coração não está de quarentena’, da mesma editora, com o conto ‘Onírica’; e na obra ‘Esperança em tempos de pandemia’, da editora Proverbo, com o conto ‘Onírica’.

 

Literatura é desafiada a dar resposta ao momento

Conforme a organizadora da coletânea ‘Esperança em tempos de pandemia’, Roberta de Souza, a obra tem objetivo de contribuir com o debate sobre os desafios do momento. “O mundo vem sendo desafiado a reinventar as relações sociais e comerciais, bem como as práticas culturais e manifestações artísticas. De forma especial, a literatura também é desafiada a dar uma resposta criativa e, por que não, esperançosa no presente e para além dele”, diz. O livro deve ficar pronto entre o fim de outubro e início de novembro e será vendido pelo site da editora Proverbo.

Contos são registros da realidade

O professor ressalta que contos são registros históricos. “Mesmo sendo ficção, em algum momento as pessoas vão lembrar que existiu tal coisa, que as coisas eram assim, e isso é fascinante. Não é só história para divertir alguém, é manter coisas da cultura, da tua cidade, da tua rua.”

Ficar em casa não é tédio

O professor Luiz Haiml aconselha que, em casa, é preciso se ocupar com alguma coisa. Seja com cursos ou palestras pela internet, seja com arrumações pelo pátio, o importante é estar em atividade. “Está sendo bom pra mim nesse sentido. Ficar em casa não é tédio. Tem coisa para fazer, para buscar. É um conselho que dou: tudo tem lado bom e lado ruim”, conclui.