Prefeitura de Riozinho investe na estrutura de pontes pênsil

Foto: Prefeitura de Riozinho

Por Weslei Fillmann

Com pouco menos de cinco mil habitantes e um dos menores territórios do Rio Grande do Sul, Riozinho apresenta distâncias entre pontos importantes muito curtas. Esse espaço é, normalmente, percorrido a pé pela população. E é nesse ponto que entram as pontes pênsil, integrantes da cultura local e o melhor método para ultrapassar o pequeno rio que divide a cidade em duas partes.

 

Ivo Wilborn, secretário de Obras de Riozinho, participou do projeto que reformou as quatro pontes principais da cidade, que são a da barragem, a do campo Sete de Setembro, da Paraboni e da garagem. Elas precisaram passar por obras devido ao desgaste do tempo, com a degradação da madeira e dos cabos que sustentam a estrutura. Devido a isso, a população fica impedida de transitar pelas pontes e cortar o caminho tradicional até o seu local de trabalho.

 

Legado dos primeiros imigrantes na região

Além de reduzir distâncias superiores a um quilômetro de trajeto a pé, as pontes servem como ponto turístico, pois existem há mais de um século e não são comuns em cidades mais populosas. Ivo, de 59 anos, afirma que, desde criança, já existiam as pontes pênsil, legado dos imigrantes alemães e italianos, que chegaram na região no final do século 19.

A manutenção das pontes são outro fator que garante a permanência das estruturas por mais alguns anos. Os valores dos materiais são baixos e, também, o custo de mão de obra. O secretário de Obras cita a ponte da Barragem do Taquito, que levou apenas três dias para ser completamente reformada, com recursos do próprio poder municipal.

Um exemplo são as pontes de concreto, feitas para a passagem de carros e motos. Elas são mais caras e demandam mais tempo de construção.Como as estruturas existentes já atendem o tráfego de veículos, as pontes pênsil são observadas e trabalhadas para melhor atender a população.

 

Qualidade e durabilidade local

O secretário de Obras de Riozinho, Ivo Wilborn, destacou os materiais utilizados na reforma das estruturas. “Nós utilizamos materiais de primeira qualidade, como madeiras de primeira linha. Esperamos que a estrutura de todas as pontes reformadas dure mais de 10 anos.” Além disso, outras revitalizações devem ocorrer nas férias de dezembro e janeiro.

As mulheres que vivem na região são as que mais cobram a administração, de acordo com Wilborn. O secretário afirma também que, como as pontes tendem a balançar, as pessoas podem ficar com medo de atravessar a estrutura. Isso piora quando o estado de conservação é baixo, pois os rangidos e o aspecto das tábuas são diferentes.

A manutenção também é realizada de outra forma. “As pontes são utilizadas somente para caminhar e andar de bicicleta. Nós temos estruturas que impossibilitam a entrada de motos, pois elas provocam uma degradação acelerada na madeira”.

Ivo comentou que novas pontes devem ser entregues no decorrer da administração.