Prefeitos flexibilizam funcionamento de comércios, restaurantes e academias

Reunião entre prefeitos na manhã de terça-feira (23). Foto: Divulgação

Região – A saúde da região enfrenta o pior momento desde o início da pandemia. A situação de calamidade nos hospitais levou o Paranhana à classificação em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado do Estado nesta semana. Se valessem todas as regras, comércios, restaurantes, academias e prestadores de serviços estariam impedidos de abrir as portas, mas o governador Eduardo Leite permitiu que um protocolo próprio fosse adotado pelas prefeituras.

A proposta da região foi elaborada na manhã de terça-feira (23), em reunião entre os prefeitos. Na prática, a cogestão flexibiliza o funcionamento de alguns segmentos como se estivessem em bandeira vermelha. O documento contém as seguintes determinações: o comércio não essencial tem permissão para atender uma pessoa a cada oito metros quadrados de área; é permitido o funcionamento de restaurantes com 25% da capacidade de atendimento e 50% dos funcionários, com serviços de buffet sendo servidos por funcionários; bares podem vender apenas por tele-entrega ou pegue e leve; barbearias e salões podem operar com um cliente a cada funcionário, com 25% dos trabalhadores; academias precisam elaborar um plano de contingência e submeter à Vigilância Sanitária local.

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“Precisamos traçar um paralelo entre saúde e economia, porque ali na frente são a mesma coisa”
A afirmação é do presidente da Ampara e prefeito de Parobé, Diego Picucha. Em live realizada na noite de terça-feira, ele ressaltou que a proposta de cogestão busca equilíbrio e não conflito entre as duas áreas. “Não entendemos que uma loja de roupas ou de calçados, ou o nosso comerciante que trabalha direitinho e segue todos os protocolos sejam penalizados pela ação de pessoas inconsequentes que aglomeraram, fizeram carnaval e festas clandestinas”.

Apesar das flexibilizações, ficou definido pelo Estado que nenhum dos segmentos pode manter atendimento presencial entre 20h e 5h. Esta regra não se aplica a farmácias, hospitais e clínicas médicas, serviços funerários, serviços agropecuários e veterinários, assistência social, hotéis e similares, postos de combustíveis, industrias e outros semelhantes.

Fiscalização
A contrapartida exigida por Eduardo Leite para a flexibilização foi o reforço da fiscalização sobre o cumprimento dos protocolos. Em Taquara, a Prefeitura anunciou reforço até dia 20 de março. Diariamente toda a área urbana será verificada através de veículos oficiais do município. Na zona rural haverá fiscalização nos pontos com histórico de encontros.

Em Igrejinha, o prefeito Leandro Horlle afirma que “Estamos organizando nosso setor de fiscalização para coibir abusos e aglomerações, bem como para fiscalizar a observância de todos os protocolos vigentes, visando proteger a todos.”