Região – Às vésperas da eleição para o governo do estado, em 2018, o então diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Nelson Lidio Nunes, anunciou para a imprensa que a licitação para contratar a empresa que faria o projeto de duplicação da RS-115 ocorreria em março de 2018. Passados mais de 12 meses da notícia ganhar as ruas, na prática, pouco se avançou.
Nesta semana, o Jornal Repercussão Paranhana questionou a EGR sobre o andamento desta importante ação para a comunidade e empresários. Naquela oportunidade, o diretor informou que a licitação seria lançada em 15 de março de 2018 e havia até estimativa de iniciar as obras: 2019. Porém, até agora, não saiu do papel.
A EGR informou que os técnicos encaminharam, recentemente, a licitação do projeto para o aumento de capacidade da ERS-115, entre Taquara e Igrejinha. Conforme a EGR, o projeto vai apontar quais intervenções são necessárias – podem ser duplicações – e em quais locais, assim como o custo das mesmas. As obras poderão ser licitadas somente quando o projeto estiver concluído.
O projeto de aumento de capacidade da rodovia, em fase final de licitação, custará R$ 700 mil. Um dos detalhes reveladas pela EGR é de que a manutenção da RS-115 custa para a empresa R$ 8 milhões ao ano e o contrato para operação do pedágio e prestação de serviços como guincho e ambulâncias somam outros R$ 4,5 milhões.
Obra junto ao quartel dos
Bombeiros e manutenção
A EGR informou que a obra junto ao quartel do Corpo de Bombeiros será reiniciada quando forem feitas alterações na rede elétrica e representa cerca de R$ 1 milhão de investimento. Ainda há um contrato para monitoramento das estruturas de contenção de encostas no valor de R$ 420 mil.
Diretor-geral da Faccat avalia
- No entendimento do diretor-geral da Faccat, Delmar Backes, é necessário duplicar a RS-115 não só até Igrejinha, mas sim, até Gramado e Canela. “A duplicação seria bem interessante, mas por enquanto é inviável. Essa duplicação terá necessidade de investir centenas de milhões de reais. Com o Estado falido é muito difícil de tornar realidade isso. Só se privatizar, mas exigir da empresa, terceirizando, que não explore o povo através da Praça de Pedágio. Antes da EGR, haviam várias empresas tomando conta das estradas e só cobravam e não faziam nenhum aperfeiçoamento, estamos atrasados na malha rodoviária. Muita gente ganhou milhões e não aplicou nem 30% nas rodovias. O exemplo mais claro é a ligação da nossa região para o Litoral Norte, que foi uma das primeiras prioridades do COREDES, no governo Colares. A empresa que cuidou dessa praça de pedágio numa rodovia 0 KM, a única tarefa que fez foi pintar, sinalizar e não fizeram absolutamente nada, levaram R$ 30 milhões sem gastar nada. Isso não serve”, avalia uma das principais lideranças do Paranhana.
Lideranças avaliam situação
“No momento, estamos aguardando um retorno da EGR sobre as últimas solicitações encaminhadas pela Administração Municipal. Em relação a ERS-115, pedimos mais agilidade na conclusão da rótula em frente ao Corpo de Bombeiros de Taquara, quase na divisa com o município de Igrejinha. Infelizmente, a EGR ainda não nos deu um prazo para a conclusão desta obra.
“A EGR encaminhou uma licitação para Central de Compras do Estado, para contratação de um projeto que vai cuidar do aumento de trafegabilidade. Isso é muito diferente do que encaminhar um projeto de licitação para um projeto de duplicação. É importante deixar claro que não existe projeto para duplicação da rodovia. É isso que vai ser licitado ainda”.
“Vou agendar audiência na Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para tratar de um Siga-Livre, no entroncamento da RS-020 e RS-239. Na mesma audiência, vou solicitar o recapeamento das ciclovias na RS-115, RS-239 e RS-020”.
“Devido a esse grande fluxo de turistas que transitam pela RS-115 não tenho dúvida que essa duplicação seria muito importante para o desenvolvimento como um todo do Vale. A prova disso, que aos domingos, temos engarrafamento na volta pela RS-115. Então, não tenho dúvida, que seria muito importante darmos sequência a essa importante obra, principalmente, da divisa com Taquara até na entrada sul do nosso município já seria um grande passo , para depois sim, por etapas, pudesse ir ampliando, até chegarmos no limite de Três Coroas e Gramado, onde já começa a terceira pista”.
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