Preço de itens essenciais da cesta básica devem baixar em março de 2021

Região – Crise causada pelo coronavírus, aumento de preços e orçamento apertado são fatores que, em 2020, estão fazendo com que os brasileiros pesquisem ainda mais os preços dos alimentos da cesta básica, considerados essenciais no dia a dia.

 

A cesta básica, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) corresponde ao conjunto de alimentos básicos, necessários para as refeições de uma pessoa adulta, previsto no Decreto-lei 399/38. Com isso, considerando os itens que compõem uma cesta, o Repercussão Paranhana realizou uma pesquisa de preços dos principais produtos deste kit, em mercados de Igrejinha, Parobé e Taquara (confira a diferença de valores ao lado).

 

Segundo o DIEESE, em pesquisa divulgada em 6 de outubro, no mês de setembro o preço da cesta básica aumentou nas 17 capitais analisadas.

Nos estabelecimentos onde o RP realizou o levantamento, a variação do valor total dos produtos selecionados chega a ser de 41,47% de um mercado para o outro. Com relação a carne bovina, o valor oscila em mais de 18%.

Um produto considerado vilão na mesa dos gaúchos é o feijão, que chega a custar R$ 7,39 o kilo, oscilando em 23,37% de um mercado para o outro. O arroz também tem uma variação alta de preços. Enquanto em um dos mercados o cereal custa R$ 4,23 o kilo, os outros dois estabelecimentos cobram R$ 5,49 e R$ 5,69 respectivamente, chegando a atingir uma variação de R$ 34,51%.

Expectativas

Dion Costa, supervisor de operação do Atacado Leia, de Taquara, fala sobre as projeções do segmento para uma possível baixa de preços. “Pelo o que estamos acompanhando com os fornecedores, a partir do mês de março, quando acontece a entressafra deve baixar, ou seja, só a partir do ano que vem”, conta o supervisor.

Valores no Rio Grande do Sul

Segundo os dados levantados pelo DIEESE, os produtos que ganham destaque com Porto Alegre figurando entre as principais diferenças de preços são: a carne boniva, que apresentou queda de -0,49% no valor, sendo a única das 17 capitais a registrar baixa. Em contrapartida, a banana aparece como um dos itens que mais aumentaram de preços. O valor médio da banana teve elevação em 15 capitais. A pesquisa coleta os tipos prata e nanica e faz uma média ponderada dos preços. Os aumentos mais expressivos aconteceram no Rio de Janeiro (19,01%), em Aracaju (18,93%) e Porto Alegre (17,76%). Conforme a pesquisa, “a baixa oferta da fruta e a maior demanda no Sul e Sudeste são responsáveis pelos resultados de setembro”, informa o órgão.