“Por enquanto, não leva nada a lugar algum”, diz prefeito de Rolante sobre ETE

Estação está com obra parada há anos no município (Foto: Lilian Moraes)

Rolante – Iniciada em 2013, a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), de Rolante, se tornou um desafio para a Administração atual. Isso porque, de acordo com a Prefeitura, desde o ano passado, a execução da obra encontra-se paralisada.

 

Com relação ao que já foi feito na obra, a Prefeitura esclarece que a fase I, que contempla redes, ramais, elevatória final e ETE, está 71% concluída. Já a fase II, que dá conta da execução de rede coletora, elevatórias e emissários das bacias AR01, AR02 e AR03, encontra-se 45% concluída. No início, a gestão se dedicou para a identificação e solução dos problemas através de uma comissão de averiguação formada por engenheiros, advogados e contabilistas. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) identificou “alguns apontamentos de situação irregular”, o que acabou acarretando na paralisação do repasse.

 

O prefeito Pedro Rippel explica como está a situação e mostra-se preocupado com o futuro da obra. “Essa obra é um problema muito sério. Quando assumi, fizemos um levantamento. Essa obra está parada, foi gasto um bom dinheiro já, de recurso público, mas por enquanto não leva nada a lugar algum”, dispara o chefe do Executivo, contando que “precisamos dar reinício nela, porém, reinício com as coisas acertadas. Tivemos problema, deu enchente e acabou entrando água na estação. Daí a Funasa, a repassadora dos recursos, quer ajustar o projeto para que não invada novamente quando estiver operando. Precisamos acertar umas coisinhas da parte técnica para que possa de novo ser dado reinício de obra”.

 

Também tem problema de reequilíbrio financeiro

Outro problema enfrentado está sendo com a questão financeira. “Pela obra ter iniciado há oito anos e não ter sido acabada, vai ter problema de aumento de preços, reequilíbrio financeiro. A empresa não vai reiniciar sem ter esse reequilíbrio. E isso não é, nada mais nada a menos que R$ 10 milhões”, revelou o prefeito, citando que a operadora será a Corsan. “No entanto, com a concessão da Corsan para iniciativa privada, não sabemos se haverá interesse da empresa de colocar dinheiro sabendo que será privatizado ou se vai esperar para ver quem ganha e a empresa, então, querer continuar a obra. Estamos com uma faca de dois gumes. Vamos com calma, esperar o que vai acontecer. Estaremos marcando audiência com a Corsan novamente para ver se há interesse em concluir e aportar esse recursos”.
Para finalizar, Rippel desabava: “É exatamente essa a situação. O projeto é grande, bom e ambicioso, só que nada adianta se não funcionar. Não adiantou furar todas as ruas, colocar canos, criar toda aquela estrutura da ETE se não funcionar. Até então, os esgotos continuam indo para os rios”.