Policial civil que reside em Parobé participa de conferência com o papa Francisco

Alex Ribolli trabalha em Sapiranga e reside em Parobé Foto: Melissa Costa

Sapiranga – O policial civil da delegacia de Sapiranga e morador de Parobé, Alex Ribolli, 29 anos, participou de forma online de uma conferência com o papa Francisco. O evento ocorreu no dia 24 fevereiro e a oportunidade surgiu por Alex ser aluno da Universidade Unisinos e também por ser católico. Atualmente, o policial está realizando mestrado em Filosofia. Ele também já é bacharel em Direito. “A oportunidade não surgiu por causa da Filosofia, mas porque estudo em uma universidade jesuíta e por ser católico. Estes eram pré-requisitos para poder participar. Quando soube, me interessei e foi uma honra participar”, disse ele.

A conferência foi organizada por uma universidade jesuíta de Chicago e tratou sobre dois temas: de sinodalidade e migração. “A universidade, com aval do papa, organizou o evento sobre os dois temas: a sinodalidade, que é a reunião do povo católico; e para tratar sobre a migração, assunto muito importante para o papa. Como queriam fazer com o povo leigo (que não são sacerdotes), envolveram alunos de universidades jesuítas. Na Unisinos, foram dois”, conta Alex. O evento consistiu em quatro painés e os dois alunos da Unisinos participaram do último.

Apresentação de 15 minutos para o pontífice

Alex e o colega de universidade apresentaram as dificuldades enfrentadas no Brasil com o tema migração. “Nós tínhamos que estudar sobre os problemas que enfrentamos com a migração no Brasil e, a partir daí, apresentar um projeto concreto. A apresentação era um bloco rápido de 15 minutos e, após, o papa comentava o trabalho. Depois, ele respondia uma pergunta”, conta ele. Durante o evento, o papa foi sensível aos olhos dos universitários. “Os migrantes precisam ser recebidos. Eles precisam ser acompanhados. Migrantes precisam ser protegidos e migrantes precisam ser integrados”, disse Francisco, falando no evento com tradução para o inglês e espanhol.
O policial civil irá concluir o mestrado em Filosofia no final do ano e, após, pretende seguir com o doutorado. “Quero conciliar as duas profissões no futuro: ser delegado e também lecionar em uma universidade. São rotinas corridas, mas quando a gente gosta do que faz, tudo motiva. Gosto de dar aula, para mim, isso é uma questão vocacional”.