Igrejinha – Desde a última semana, a paisagem do Vale do Paranhana não é mais a mesma. Um dos pontos mais altos e conhecidos da região, o Monte da Fé, perdeu seu principal elemento de identificação em função de fortes rajadas de vento: a cruz. A estrutura, que tem 35 metros de altura, se desprendeu da base e tombou. Em seu plano de ação, a prefeitura prevê a desmontagem da cruz e o transporte para um local seguro para avaliação dos danos.
“Chegamos em consenso com as equipes técnicas de que, como a cruz é montada em módulos, precisamos primeiro fazer a desmontagem dela para ter uma avaliação correta de quais deles tiveram algum tipo de avaria. É preciso fazer a desmontagem porque não existe guindaste com capacidade suficiente para colocar em pé a estrutura toda. A partir disso, vamos saber quais módulos serão recompostos”, explica o prefeito Leandro Horlle.
O investimento necessário e o tempo para conclusão das medidas também depende deste diagnóstico, ressalta o chefe do Executivo. O processo de desmontagem será conduzido por empresas especializadas e o contato foi iniciado já na última semana. A projeção é de que isso ocorra nos primeiros dias de novembro, junto com o transporte para outro local.
Cotação de preços
O que deve agilizar a restauração é o fato de que a desmontagem e transporte da estrutura não exigirá licitação, em função do baixo custo. Nestes casos, o Executivo realiza uma cotação de preços. Já a contratação para remontagem vai depender dos diagnósticos da estrutura, podendo haver necessidade de licitação.
Outros danos
Apenas uma escada de acesso foi danificada pela queda da cruz. “Vamos precisar fazer alguns reparos pontuais. No entorno que foi revitalizado, não tivemos nenhum comprometimento estrutural”, pontua o prefeito.
O plano é reaproveitar todos os módulos possíveis da cruz e recompor os comprometidos, mantendo uma estrutura igual à original. O prefeito frisa que também haverá análise sobre a necessidade de reforços estruturais para aumentar a capacidade de resistência. Entre as alternativas, está a amarração com cabos.
Local passou por revitalização
O acidente aconteceu poucos dias após a prefeitura realizar um ato de entrega da revitalização feita no local. Ao todo, foram investidos mais de R$ 550 mil. Foram realizadas melhorias no entorno da cruz, como mirante, escadaria de acesso a ela, bancos para lazer, banheiros e copa, iluminação e manutenção da própria cruz, que devido às ações do tempo contava com danificações. Também foi realizada a pavimentação de pedra irregular na rua que dá acesso à cruz e a pavimentação de bloco de concreto no trecho final da subida à cruz. Parte do valor investido é do município e parte é oriundo de emenda parlamentar, através do Ministério do Turismo.
Além das melhorias realizadas, o espaço também passou por processo de licitação pública para a concessão que permitirá a venda de ingressos, alimentos e souvenirs.
Local ficará fechado
O local segue fechado para visitação enquanto a estrutura da cruz não for retirada. Após isso, o prefeito explica que a interdição do espaço vai depender das obras de recuperação necessárias na escadaria. “Até termos esses diagnósticos provavelmente o parque ficará fechado. Ainda vamos avaliar se será reaberto enquanto a cruz não for recolocada”. Esse foi o pior dano registrado no monumento que, no passado, precisou apenas de reformas pontuais. Ele é suportado por uma base de concreto com amarração interna conectada por parafusos.