Pedidos de transferências para a rede pública de ensino crescem na região

Municípios não tem previsão para a volta das aulas Foto: Lilian Moraes

Região – Um levantamento realizado pelo Grupo Repercussão junto às secretarias de educação dos municípios do Vale do Paranhana aponta que a crise causada pela pandemia do coronavírus também refletiu na educação.

Números disponibilizados pelas secretarias de Parobé e Rolante indicam que 20 pedidos de transferências da rede privada para a rede pública de ensino foram realizados. Destes, 17 aconteceram em Parobé e três em Rolante. Embora ainda não tenham o número exato do total de solicitações, Taquara e Três Coroas informaram que a demanda de pedidos é maior com relação aos efetuados em 2019.

A volta das aulas é um assunto tratado com cautela pelos municípios. O que acontece por que na maioria das cidades o número de casos de infectados cresce a cada dia.

Eunice Silveira, secretária de Educação e Esportes de Rolante, comenta sobre o cenário atual da cidade. “Não há um calendário pré-estabelecido, considerando que cada município tem suas peculiaridades, seus COEs que tem a função de fiscalizar se os protocolos e o plano de contingenciamento estão sendo garantidos. A cor da bandeira também será determinante para o retorno. O município terá que estar no mínimo 30 dias na bandeira amarela e não ter nenhum caso confirmado e nenhuma internação de Covid 19”, detalha.

Maior parte dos alunos foram acolhidos na rede fundamental de ensino

Os números apresentados pelas cidades também indicam que a maioria das transferências aconteceu no ensino fundamental. Foram 14 pedidos efetuados em Parobé e três em Rolante; os outros três pedidos recebidos pela SME de Parobé foram para a educação infantil.

Sem previsão no estado

No Rio Grande do Sul, o retorno das aulas também é uma das dúvidas mais frequentes desde a paralisação. Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Educação comunicou que, no momento, essa volta está restrita a alguns estudantes. “O retorno gradual das aulas presenciais ocorre neste momento de forma restrita ao Ensino Superior (aulas práticas para a conclusão de cursos), Pós-Graduação, Ensino Técnico Subsequentes e cursos livres, sempre respeitando o modelo de Distanciamento Controlado. Na Educação Básica, que envolve Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, ainda não há previsão de retorno”, disse a SEDUC através da sua assessoria de imprensa.

As aulas estão suspensas no RS desde o dia 19 de março, quando o governo do estado anunciou a primeira paralisação como forma de conter a disseminação do coronavírus.