Pedágio em Parobé ficaria próximo à divisa com Nova Hartz, conforme Estado

Estado diz que pedágio transferido de Campo Bom ficaria no quilômetro 39 da RS-239. Foto: Matheus de Oliveira

Região – A Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) formulou uma alteração para a proposta do Estado de transferir o pedágio de Campo Bom para Parobé. Conforme os prefeitos, o ideal seria que a praça permanecesse onde está e, em detrimento da mudança, que um novo pedágio fosse construído em Riozinho. A ideia foi apresentada nesta terça-feira (29) a representantes do governo do Estado.

O documento com a sugestão reúne a assinatura e concordância dos seis prefeitos do Paranhana: Diego Picucha (Parobé), Leandro Horlle (Igrejinha), Alcindo Azevedo (Três Coroas), Pedro Rippel (Rolante), Marquinhos Pretto (Riozinho) e Sirlei Silveira (Taquara).

O projeto da Ampara considera a possibilidade de que o trecho não asfaltado entre Riozinho e Maquiné possa receber pavimentação através das tarifas arrecadadas em uma eventual praça no município. O documento salienta que a rota alternativa ao litoral norte pode ser explorada turisticamente, passando pela Serra da Boa Vista, evitando um acúmulo de veículos na RS-474 no veraneio. Atualmente, são 34,7 quilômetros de chão batido, na RS-239, entre Riozinho e Maquiné. Em uma rápida análise, a pavimentação do trecho não necessitaria de desapropriações considerando que a estrada já existe, faltando apenas a pavimentação da mesma.

Afinal, onde seria o pedágio?

O Estado não informa o ponto específico onde a praça seria instalada em Parobé. Mas, conforme os estudos técnicos divulgados, a localização seria no quilômetro 39, em um ponto próximo ao acesso à Nova Hartz pela ERS-239 (foto acima). A proposta do governo gaúcho é de que o pedágio em Parobé tenha tarifa mínima de R$5,28, podendo chegar a R$7,05, seguindo a oferta das empresas.

O responsável pela Secretaria Extraordinária de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, ressalta que o projeto prevê instalar a estrutura em uma região afastada da zona urbana de Parobé, entre o município e Campo Vicente.

“A ideia é cobrar dos viajantes”

O secretário Leonardo Busatto pontua que a praça de Campo Bom fica praticamente no meio da cidade, e que o objetivo não é cobrar de quem se desloca para atividades do dia a dia. “Não posso empurrar mais para frente, em Sapiranga, porque vai continuar no meio da cidade. Nós precisamos levar a praça de pedágio para onde as pessoas não morem.”

Nessa linha, Busatto frisa que a localidade proposta em Parobé fica na zona rural. “O objetivo da praça não é cobrar do morador que vai levar o filho na escola, ou que tem que ir ao médico ou supermercado. A ideia é cobrar dos viajantes, daqueles que estão indo em viagem. Então a gente precisa entender o porquê dessa restrição no local onde estamos colocando. Fato é que hoje o pedágio de Campo Bom está numa região totalmente urbana e não faz sentido ter um pedágio onde as pessoas pagam para ir ao médico,” conclui.