Parto humanizado: uma forma de parto que prioriza o respeito pelas escolhas da mãe e o tempo do bebê

Região – Ainda não existem números oficiais, no entanto, o parto humanizado é uma prática cada vez mais constante e procurado pelas mamães. Os depoimentos retratam dores incessantes e inúmeras tentativas de acalmá-las, no entanto, a vontade de conceber seus filhos de uma forma menos medicalizada e hospitalar, tem se tornado comum.

De acordo com o Dr. Marco Antonio, obstetra do Hospital Bom Pastor de Igrejinha, o parto humanizado é um procedimento em que as condutas e as atitudes profissionais estão voltadas para as necessidades da mulher. “A humanização não é o parto e sim a condução do parto. A cesariana, por exemplo, pode ser humanizada, se eu deixar ela ter um acompanhante, de preferência ela fazer a cirurgia no tempo necessário, sem ficar inventando coisas e indicar a via de parto correta, de acordo com a necessidade do paciente. Tudo isso faz parte da condução do parto”, explica. O processo humanizado não se limita ao momento do nascimento do bebê.

Procedimento com maior humanização é recomendado pela OMS

Conforme o médico, em toda a gestação – do nascimento ao pós-parto – não existe um procedimento específico a ser seguido, pois cada pessoa exige um tempo, fazendo com que a situação clínica também se torne específica.

Para a grávida, os principais benefícios dessa forma de nascimento são: menor exposição aos riscos relacionados aos processos cirúrgicos, facilidade de se adaptar ao pós-parto, pois não haverá um corte, dor de cirurgia ou dificuldade de se movimentar, além de o procedimento ser recomendado pela OMS. A mamãe tem a liberdade para escolher a sua posição durante o trabalho de parto, podendo optar por se movimentar e mudar de posição. A alimentação pode ser mantida e oferecida de maneira normal.

Já para o bebê, os riscos de doenças respiratórias e uma eventual passagem de secreção para o pulmão do bebê (broncoaspiração) são menores, os índices de vitalidade do bebê após o nascimento são melhores, as intervenções clínicas são menores e os riscos relacionados aos processos cirúrgicos também são menores.

Foto: Marcio e Thati Klein Fotografia