Parobé promove Seminário de Prevenção à Violência contra Crianças e Adolescentes

A programação da II Semana Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes teve início no último sábado (14), em Parobé. A ação é alusiva à data instituída como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

 

Uma grande ação do grupo de trabalho “Faça Bonito”, que reúne as instituições engajadas no enfrentamento à violação de direitos de crianças e adolescentes, marcou a abertura do evento. Além de uma caminhada pelo Centro da cidade e um adesivaço, a programação, que acontece até sexta-feira (20), conta com ações de conscientização com distribuição de materiais informativos nos semáforos, palestras, bate-papo com estudantes e pais, rodas de conversa, plantio simbólico de flor-símbolo da campanha, entre muitos outros.
Um dos destaques é o II Seminário Municipal de Prevenção e Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes: Escuta Protegida, que ocorreu na última quarta-feira (18), na Câmara de Vereadores de Parobé, e contou com palestras da psicóloga Ana Pincolini, da assistente social Eliane Barragan, da promotora de Justiça, Sabrina Cabrera Batista Botelho, e do delegado Gustavo Bermudes Menegazzo da Rocha.

Especialistas comentam o assunto

Eliane Barragan, assistente social.

“Nas demandas que chegam para cada um dos profissionais que atende crianças e adolescentes, sabemos que é o direito delas que foi violado, sabemos que de alguma forma foram vítimas ou testemunhas de uma violência. E o que isso traz para a criança? O prejuízo emocional muitas vezes causa um dano irreversível. E o que nós profissionais precisamos fazer? Minimizar isso, tentar ser o mais acolhedor possível”.

Sabrina Cabrera Batista Botelho, promotora de Justiça.

“A Doutrina (da Proteção Integral) foi trabalhada ao longo do último século e veio à tona com a Convenção Internacional sobre os direitos da criança, que reconhece, então, a criança como um sujeito de direitos, ela não é mais um objeto que ‘a gente’ fica controlando e decidindo tudo. E à ela são concedidos todos os direitos dos adultos, acrescido de que ela tem prioridade absoluta, que tenha os direitos respeitados”.

Gustavo Bermudes Menegazzo da Rocha, delegado de Parobé.

“Quando eles (crianças e adolescentes) chegam para nós, já chegam com aquela timidez […] Isso claro já é muito complicado para quem trabalha na área da investigação criminal e nós procuramos responder algumas questões. Quais são elas? Como aconteceu, onde, quem praticou, qual o motivo. E como nós, policiais, vamos pressionar uma criança para revelar esse conteúdo para nós? […] A gente tinha que estabelecer de forma prática um protocolo (de atendimento)”.